Twitter usará dados dos usuários para treinar inteligência artificial

O X, novo nome do Twitter, começará a usar informações coletadas dos usuários para treinar modelos de inteligência artificial. A rede social estará autorizada a fazer isso a partir do dia 29 de setembro. A informação consta na nova política de privacidade do X, que entra em vigor no fim do mês com algumas atualizações. Entre elas, a empresa adicionou a seguinte frase ao documento: “Podemos usar as informações que coletamos e informações disponíveis publicamente para ajudar a treinar nosso aprendizado de máquina ou modelos de inteligência artificial para os fins descritos nesta política”. A política de privacidade é um documento aceito por todos os usuários do X. Nele, a rede social informa que coleta informações como dados pessoais (nome, email e número de telefone, entre outros), localização, publicações, curtidas, mensagens diretas não criptografadas e informações do dispositivo (ID e endereço IP, entre outros). Já a respeito dos “fins descritos na política”, o X afirma que usa os dados dos usuários para operar, melhorar e personalizar os serviços, fomentar a segurança, medir, analisar e tornar o serviço melhor, entre outros. LEIA: ‘Pão e circo’: Musk, Zuckerberg e a arte da distração Twitter e inteligência artificial Em julho, Elon Musk anunciou a criação de uma nova empresa, a xAI , focada em inteligência artificial. Embora a empresa não faça parte do X, ambas as companhias trabalham “em estreita colaboração”, de acordo com informações da própria xAI. Por enquanto, não há muitas informações sobre quais produtos a xAI quer desenvolver, mas Musk afirma que ela foi criada para “entender a realidade” e “a verdadeira natureza do universo”. Em abril, o bilionário já havia afirmado que estava desenvolvendo uma alternativa ao ChatGPT , chamada de TruthGPT (ou ‘VerdadeGPT’, em tradução literal). “Vou começar algo que chamo de TruthGPT ou uma IA máxima de busca da verdade que tenta entender a natureza do universo. E acho que esse pode ser o melhor caminho para a segurança, no sentido de que uma IA que se preocupa em entender o universo provavelmente não aniquilará os humanos, porque somos uma parte interessante do universo”, disse Musk na ocasião. Publicado originalmente em Desacato