Sob bombas e spray de pimenta, servidores municipais do Rio fazem protesto por reajuste

               Servidores do município do Rio realizaram um protesto em frente ao prédio da prefeitura no início da tarde desta terça-feira (8) por reposição salarial pelas perdas com a inflação e também reivindicaram a criação de um plano de cargos e salários pelo prefeito Eduardo Paes (PSD). O ato reuniu profissionais da saúde, da educação e da Guarda Municipal.
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Representantes de sindicatos das categorias pedem recomposição salarial de 19,23%, referente à inflação acumulada desde fevereiro de 2019, descongelamento de triênios, atualização do vale transporte e do auxílio alimentação, além de criação para os profissionais de saúde do Plano de Cargos, Carreiras e Salários.
Durante o ato, a Polícia Militar agiu usando spray de pimenta e bombas de efeito moral. A denúncia foi feita nas redes sociais pelo médico Alexandre Telles e alguns perfis veicularam vídeos com bombas explodindo e policiais sendo vaiados pelos manifestantes.
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Parlamentares de partidos de esquerda na Câmara Municipal estiveram na manifestação. O vereador Tarcísio Motta (Psol) disse que o prefeito pratica um contrassenso, já que a mesma prefeitura "que se recusa a negociar a reposição de perdas salariais" envia ao Legislativo "pedidos de gastos com publicidade para esta gestão".
"Isso aqui que está acontecendo hoje é que vai fazer o Pedro Paulo [secretário de Fazenda e Planejamento do Rio], que senta em cima do caixa da Prefeitura, sair de cima de lá. Acabou o tempo de desculpas esfarrapadas. Não é o gestor que colocou as contas em dia? E agora? Porque quem tem que colocar as contas em dias agora são os servidores", afirmou o vereador do Psol.
                        Fonte:  BdF Rio de Janeiro
   Edição: Eduardo Miranda