Dinastia 2

Operação da PF mira núcleo financeiro da maior milícia do Rio de Janeiro

Ação visa desarticular estrutura de arrecadação de taxas ilegais

Investigação identificou valores provenientes da cobrança de taxas ilegais por parte do grupo paramilitar - Divulgação
Investigação identificou valores provenientes da cobrança de taxas ilegais por parte do grupo paramilitar - Divulgação

A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagraram nesta terça-feira (19) uma operação contra a maior milícia do estado, comandada por Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho.

O que você precisa saber:

  • A operação tem como objetivo desmantelar o núcleo financeiro da milícia.
  • Foram expedidos 12 mandados de prisão e 17 mandados de busca e apreensão.
  • Zinho é considerado foragido.
  • Lucinha, deputada estadual do PSD, é considerada o braço político da milícia.

A operação, batizada de “Dinastia 2”, visa desarticular a estrutura de arrecadação de taxas ilegais da milícia. Segundo as investigações, a organização cobrava valores de grandes empresas e pequenos comerciantes da Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Até o fechamento desta reportagem, cinco pessoas haviam sido presas, entre elas, um homem apontado como líder da milícia em Campo Grande. Zinho, o chefe da milícia, ainda é procurado.

Núcleo financeiro

O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) afirma ter identificado “toda estrutura de imposição de taxas ilegais a grandes empresas e pequenos comerciantes locais, bem como as contas correntes beneficiárias de tais cobranças”.

“Durante as investigações, foi possível identificar e individualizar os personagens que compõem toda a cadeia de ocultação dos valores provenientes da arrecadação ilegal por parte dos paramilitares”, afirma a PF.

Impacto na região

A atuação da milícia na Zona Oeste do Rio de Janeiro é considerada um problema grave. A região é a mais populosa do estado e concentra uma das maiores taxas de violência.

A milícia de Zinho atua em bairros como Campo Grande, Santa Cruz, Inhoaíba e Sepetiba. A organização é responsável por uma série de crimes, incluindo extorsão, roubo, tráfico de drogas e homicídio