Incomodado

Bolsonaro nega envolvimento no assassinato de Marielle e diz que quer que o caso seja elucidado

Ex-presidente diz que foi difamado por cinco anos e minimizou coincidência de suposto executor residir no mesmo condomínio que ele

Marielle Franco - Foto: Nunah Alle/Mídia Ninja
Marielle Franco - Foto: Nunah Alle/Mídia Ninja

Jair Bolsonaro negou, neste domingo (28), qualquer envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes. O ex-presidente afirmou que foi difamado durante cinco anos e minimizou a coincidência de Ronnie Lessa, acusado de participar do crime, residir no mesmo condomínio que ele.

O que você precisa saber:

  • Bolsonaro negou envolvimento no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.
  • O ex-presidente afirmou que foi difamado durante cinco anos por ser apontado como possível mandante do crime.
  • Bolsonaro minimizou a coincidência de Ronnie Lessa, acusado de participar do crime, residir no mesmo condomínio que ele.

Bolsonaro, que estava acompanhado na live de seus filhos Flávio, Carlos e Eduardo, afirmou que “nunca” teve contato com Marielle e expressou o desejo de que o crime seja elucidado.

O ex-presidente argumentou que foi difamado durante cinco anos ao ser apontado como possível mandante do assassinato. Durante a campanha de 2022, ele afirmou ter sido “massacrado” devido à associação de seu nome ao crime, que classificou como “brutal”.

O ex-presidente minimizou a coincidência de Ronnie Lessa, acusado de participar do crime, residir no mesmo condomínio que ele, na Barra da Tijuca.

“Um possível executor vivia em meu condomínio, que possui 150 casas, e a partir disso o mundo começou a desabar sobre mim. Em 30 de outubro de 2019, o Jornal Nacional contou toda a história do porteiro, que inicialmente relatou que, naquele dia [do crime], havia ligado para minha casa, eu teria atendido e autorizado um colega desse cidadão a entrar. Depois, o porteiro voltou atrás, mas isso me marcou por muito tempo”, contou.

Quanto ao episódio de 8 de janeiro, Bolsonaro, que estava acompanhado na live de seus filhos Flávio, Carlos e Eduardo, rejeitou a possibilidade de um golpe de Estado ocorrido nessa data em 2023, referindo-se a essa possibilidade como “uma farsa”.

O ex-presidente foi identificado pela CPMI do 8/1 no Congresso como um dos mentores dos eventos que resultaram na depredação dos prédios dos Três Poderes. Na Procuradoria-Geral da República (PGR), ele não foi formalmente acusado ainda, mas é investigado pela PF e STF