Israel fechou nesta segunda-feira (2) a Mesquita Abraâmica (Túmulo dos Patriarcas) em Hebron (em árabe, Al-Khalil), na Cisjordânia ocupada, a muçulmanos, para que colonos extremistas celebrassem o feriado judaico de Sucot As informações são da agência de notícias Anadolu. “As autoridades de ocupação israelenses fecharam a mesquita na segunda e terça-feira devido ao feriado”, confirmou Ghassan al-Rajabi, diretor do santuário islâmico. Conforme al-Rajabi, todas as áreas da mesquita permanecerão abertas a colonos israelenses — algo comum nos feriados judaicos, totalizando ao menos dez dias de fechamento todos os anos em favor da ocupação. As medidas corroboram o “quadro de contínua divisão espacial e temporal” da Mesquita Abraâmica, reverenciada por muçulmanos, judeus e cristãos como local de descanso dos profetas Abraão, Isaque e Jacó. Em 1994, o colono Baruch Goldstein matou 29 palestinos dentro da mesquita. Após a chacina, autoridades israelenses dividiram o complexo entre os muçulmanos e judeus. Em julho de 2017, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) decidiu incluir a Mesquita Abraâmica e a Cidade Velha de Hebron em sua lista de Patrimônios da Humanidade. Hebron é lar de aproximadamente 160 mil palestinos e cerca de 500 colonos ilegais. Estes vivem em uma série de enclaves exclusivos a judeus, fortemente guardados por tropas da ocupação israelense. LEIA: Hebron, a cidade impossível e a luta conjunta
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