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Governo português rejeita reparação ao Brasil por colonização

Apesar do apoio do Presidente Rebelo, a nova administração conservadora e a extrema direita descartam a possibilidade de reparações ao Brasil e outros membros da CPLP

Marcelo Rebelo foi criticado pela extrema direita e pela direita liberal Créditos: Beto Braga/PR
Marcelo Rebelo foi criticado pela extrema direita e pela direita liberal Créditos: Beto Braga/PR

O recém-formado governo conservador em Portugal, liderado pela Aliança Democrática, reafirmou sua posição contra a implementação de políticas de reparação pelos danos causados durante a colonização de países como o Brasil.

Recentemente, o Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo, defendeu a ideia de que Lisboa deveria oferecer reparação ao Brasil pelos crimes cometidos durante os períodos de escravidão e colonização. Rebelo, cujo papel como Chefe de Estado não inclui a formulação de políticas públicas, expressou essas opiniões em um encontro com correspondentes estrangeiros.

Reação Política à Proposta de Reparações

A posição do Presidente Rebelo provocou reações fortes tanto do governo quanto de partidos de extrema direita. O primeiro-ministro Luís Montenegro, juntamente com o partido de extrema direita Chega, que detêm uma maioria significativa no parlamento, declararam que não apoiarão nenhuma medida de reparação. O Chega descreveu a sugestão de Rebelo como “a maior traição à pátria e ao povo português de que há memória”.

Continuidade das Políticas Anteriores

Em uma nota oficial, o gabinete do Primeiro Ministro afirmou que o governo “não esteve e não está em causa nenhum processo ou programa de ações específicas” para reparar os danos causados às suas antigas colônias, mantendo assim a linha das administrações anteriores. Esta decisão reafirma o posicionamento de longa data de Portugal sobre a questão, apesar das recentes discussões levantadas pelo Presidente.

O que você precisa saber:

  • Postura do Presidente: Marcelo Rebelo, o Presidente de Portugal, sugeriu que deveriam ser feitas reparações ao Brasil por injustiças históricas.
  • Reação do Governo: O governo da Aliança Democrática, juntamente com o partido Chega, rejeitou a ideia de reparação.
  • Impacto Político: Esta controvérsia destaca as divisões ideológicas significativas dentro do espectro político português sobre questões de responsabilidade histórica.

A discussão em torno das reparações continua a ser um tópico divisivo em Portugal, refletindo uma luta mais ampla sobre como a nação enfrenta seu passado colonial e as obrigações que isso pode implicar no presente.