A Comunidade Remanescente de Quilombo Fonseca, que vive no município de Manaíra, na Paraíba, teve suas terras demarcadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A medida foi publicada na edição desta terça-feira (12), no Diário Oficial da União. Quilombo Fonseca, em Manaíra (PB) – ACEV Brasil/Facebook São pouco mais de 135 hectares, o equivalente a 135 campos de futebol, que abrigam 49 famílias. São cerca de 280 pessoas que se autodeclararam descendentes de pessoas escravizadas nas plantações de algodão da região e que escolheram o local para manter as tradições e culturas vivas. Em 2009 a Fundação Cultural Palmares, reconheceu e certificou a comunidade como remanescente de quilombo e isso possibilitou que, em 2011, o processo de regularização e titulação das terras fosse aberto junto ao Incra. Titulação foi publicada nesta terça-feira no DOU – ACEV Brasil/Facebook O documento publicado hoje destaca o Artigo 69 da Constituição Federal que destaca: “aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos.”, mas somente em agosto de 2018, o Incra concluiu o Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) do território com recomendação pela titulação da terra quilombola e abriu prazo de 90 dias para contestação da avaliação. Desde então, o processo permaneceu parado até a demarcação e titulação definitiva. Os limites e fronteiras do território da Comunidade Remanescente de Quilombo Fonseca estão descritos na portaria do Incra. A planta e o memorial descritivo da área já foram disponibilizados no acervo fundiário da instituição e podem ser acessados pelo site do instituto.
Martelo Batido
Lula escolhe Macaé Evaristo como nova ministra dos Direitos Humanos
Deputada assume pasta após saída de Silvio Almeida, acusado de assédio
Desigualdades
Viver e morrer nos presídios brasileiros
Em vinte anos, políticas de encarceramento em massa multiplicaram por 3,6 a população atrás das grades — agora, a terceira maior do mundo. Novas pesquisas mostram como ela é suscetível a doenças como a tuberculose e situações como o suicídio
Descolonizações
O trabalho doméstico no capitalismo periférico
Um décimo da força de trabalho no país, domésticas vivem a tríplice opressão denunciada por Lélia González: de raça, classe e gênero. São parte constitutiva do capital e do colonialismo, mas há quem diga que são mero resquício de “sistemas patriarcais arcaicos”
Preferida
Saiba quem é Macaé Evaristo, que pode ser escolhida para Direitos Humanos
Lula avalia nomeação da deputada mineira após demissão de Silvio Almeida
Tratado IA
UE, EUA e Reino Unido assinam tratado sobre IA e direitos humanos
Primeiro acordo internacional visa garantir o uso ético da inteligência artificial
A Covardia Aumenta
CGU registra 571 denúncias de assédio sexual em 2024
Universidades e ministérios lideram as ocorrências, com 97% das denúncias sendo formalizadas em ouvidorias