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Caso Marielle: Delegacia de Homicídios do Rio acumula destruição de provas e ‘erros’

Três anos após a detenção de Dudu do Clone, a investigação sobre a clonagem do veículo ligado aos homicídios de Marielle Franco e Anderson Gomes apresenta novos desdobramentos, revelando irregularidades e mistérios em inquéritos conduzidos pela Delegacia de Homicídios (DH) do Rio de Janeiro.

Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro. Foto: Reprodução
Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro. Foto: Reprodução

A investigação sobre o desaparecimento do celular de Eduardo Siqueira, conhecido como Dudu do Clone, suspeito no caso Marielle Franco, trouxe à tona questionamentos sobre a condução de inquéritos pela Delegacia de Homicídios (DH) do Rio de Janeiro. As informações e apurações são do Jornal O Globo.

Três anos após a apreensão do dispositivo, o paradeiro permanece desconhecido, alimentando dúvidas sobre a transparência das investigações. O sumiço do aparelho é apenas um dos sinais de obstrução encontrados em casos conduzidos pela DH, revelando falhas que comprometem a elucidação de crimes graves.


O que você precisa saber:

Desaparecimento do celular de Dudu do Clone:

  • O celular apreendido de Eduardo Siqueira, suspeito no caso Marielle, desapareceu após ser encaminhado para perícia.
  • O delegado Giniton Lages, envolvido no caso, não forneceu informações sobre o paradeiro do dispositivo.
  • O sumiço do celular alimenta dúvidas sobre a transparência das investigações.

Irregularidades nas investigações da DH:

  • Documentos revelam falhas em inquéritos conduzidos pela delegacia entre 2011 e 2018.
  • Casos de investigação comprometida têm vínculos com bicheiros e apresentam dificuldades na elucidação.

Desaparecimento do celular de Dudu do Clone

O sumiço do celular de Eduardo Siqueira, conhecido como Dudu do Clone, suspeito no caso Marielle Franco, levanta sérias questões sobre a integridade das investigações conduzidas pela DH. Após a apreensão do dispositivo em 2018, as autoridades ordenaram a quebra de sigilo, porém, três anos depois, o aparelho continua desaparecido, sem que haja esclarecimentos sobre seu paradeiro. O delegado Giniton Lages, envolvido no caso, não conseguiu fornecer informações sobre o destino do dispositivo durante seu depoimento ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

Irregularidades nas investigações da DH

Além do caso do celular de Dudu do Clone, documentos revelam uma série de irregularidades em inquéritos conduzidos pela DH, especialmente durante o período em que o delegado Rivaldo Barbosa esteve no comando. Desde 2011, casos de investigação comprometida, muitos deles relacionados a bicheiros, têm sido motivo de preocupação. O desaparecimento de um inquérito completo, como no caso do homicídio do ex-policial militar André Serralho em 2016, evidencia as fragilidades do sistema investigativo.