Indicado pelo Interventor

Braga Netto indicou ex-chefe de polícia do Rio de Janeiro acusado de colaborar com morte de Marielle

Barbosa acolheu família da vereadora no dia seguinte ao assassinato e garantiu que o crime seria solucionado

Rivaldo Barbosa durante coletiva de imprensa para falar do assassintato de Marielle Franco - Foto: Tânia Rego/Agência Brasil
Rivaldo Barbosa durante coletiva de imprensa para falar do assassintato de Marielle Franco - Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

a

Rivaldo Barbosa, ex-chefe de polícia do Rio de Janeiro, foi preso sob suspeita de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco. Indicado por Braga Netto, então interventor na Segurança Pública do Rio, Barbosa teria colaborado com os mandantes do crime, segundo delação de Ronnie Lessa, acusado de ser o executor.


O que você precisa saber

  • Rivaldo Barbosa, ex-chefe de polícia, é preso por suspeita de envolvimento no assassinato de Marielle Franco.
  • Barbosa foi indicado ao cargo por Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e interventor na Segurança Pública do Rio.
  • Ele é acusado de ter dado aval ao crime e de receber propina para evitar investigações.

Indicação por Braga Netto e colaboração com mandantes

Rivaldo Barbosa foi nomeado chefe de polícia do Rio de Janeiro em 2018, pelo ex-ministro da Casa Civil Braga Netto, que comandava a intervenção federal no estado. Segundo a delação de Ronnie Lessa, Barbosa teria dado o aval para o assassinato de Marielle e Anderson Gomes, colaborando com os mandantes do crime, Chiquinho Brazão e Domingos Brazão.

Trajetória e suspeitas de corrupção

Barbosa, ex-sargento da Força Aérea Brasileira, entrou para a polícia em 2002. Sua carreira incluiu cargos como subsecretário de Inteligência durante a instalação das UPPs. Em 2019, a Polícia Federal sugeriu ao Ministério Público que o investigasse por suspeita de ter recebido propina para obstruir as investigações do caso Marielle.

Reação de Marcelo Freixo

O ex-deputado federal Marcelo Freixo, próximo de Marielle, lembra do contato que teve com Rivaldo Barbosa após o assassinato da vereadora. Freixo relembra que Barbosa recebeu as famílias das vítimas no dia seguinte ao crime, mas agora está preso por supostamente proteger os mandantes do assassinato.

Esses desdobramentos ressaltam a complexidade e a profundidade das investigações sobre o caso Marielle, que continua a levantar questões sobre o sistema de segurança e justiça no Rio de Janeiro