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Zambelli e hacker são indiciados pela PF por invasão do CNJ

Deputada é acusada de instigar ataque ao sistema do Judiciário e de divulgar documentos falsos

Walter Delgatti Neto e Carla Zambelli em foto de 2022 – Reprodução/Twitter
Walter Delgatti Neto e Carla Zambelli em foto de 2022 – Reprodução/Twitter

A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito sobre a invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 4 de janeiro de 2023 e indiciou a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto por crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.

O que você precisa saber:

  • Zambelli é acusada de instigar a invasão e de divulgar documentos falsos.
  • Delgatti confessou o crime e implicou a deputada.
  • A investigação não encontrou provas contra Thiago Eliezer, amigo de Delgatti.
  • Zambelli pode pegar até 28 anos de prisão se for condenada.

Investigação:

A PF apurou que Delgatti invadiu o sistema do CNJ e inseriu documentos falsos, incluindo uma ordem de prisão fictícia contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Zambelli:

A deputada nega ter conhecimento da invasão e afirma que contratou Delgatti apenas para serviços de informática. No entanto, a PF encontrou em seus dispositivos pessoais os documentos falsos inseridos no sistema do CNJ.

Delgatti:

O hacker confessou o crime e disse que Zambelli redigiu o texto da falsa ordem de prisão. Ele também disse que a deputada o instigou a invadir o sistema do CNJ.

Conclusão:

A PF concluiu que Zambelli instigou a invasão do CNJ e que Delgatti executou o crime. A investigação não encontrou provas contra Thiago Eliezer, amigo de Delgatti.

Próximos passos:

O relatório da PF será agora submetido à análise da Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá sobre a possível denúncia de Carla Zambelli ao STF.