Moradoras de favela de Belo Horizonte (MG) abrem padaria popular em ocupação urbana

               Mulheres da Pedreira Prado Lopes, uma das favelas mais antigas de Belo Horizonte, concluíram um ciclo de formação esta semana e receberam diplomas de padeiras. A partir da próxima terça-feira (19), os pães distribuídos na Ocupação Pátria Livre, localizado na Pedreira, já serão fruto do trabalho das padeiras populares. 
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Agora, as mulheres irão consolidar uma padaria popular na ocupação, com preços acessíveis para os moradores da comunidade. A padaria será gerida pelas formandas e vai funcionar diariamente. 
“Como eu estou desempregada, o curso vai me ajudou muito. Não tinha como fazer um curso desse pagando. Então, pra mim  foi uma oportunidade. Aprendemos a fazer pães de sal e doce, biscoitos, bolo. Quero aprender mais ainda para ajudar a comunidade", explicou Cíntia de Fátima Mendes, uma das 13 formandas. 
O curso
Idealizado pelo Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD), o curso aconteceu e contou com oito encontros teóricos e práticos. Com o apoio do mandato da deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), a iniciativa teve o objetivo de ampliar as possibilidades de renda para as moradoras da periferia.  
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Em 2022, os índices de desemprego no Brasil alcançaram a surpreendente marca de 11,1%. Dentre a massa de trabalhadores desempregados ou em empregos informais, as mulheres são a maioria. 
O mais recente levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) demonstrou que, até o final de 2021, entre os 12 milhões de brasileiros e brasileiras desempregados, 6,5 milhões são mulheres. 
Café solidário
Desde o início da pandemia da covid-19, o MTD constrói na Pedreira Prado Lopes o “Café solidário”. A iniciativa distribui gratuitamente, todas as terça-feiras, um café da manhã para as pessoas da comunidade em maior situação de vulnerabilidade. 


 

        Fonte:  BdF Minas Gerais
   Edição: Larissa Costa