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Ex-comandantes confirmam pressão de Bolsonaro por golpe: o que você precisa saber

Ex-chefes das Forças Armadas confirmam à Polícia Federal (PF) pressão do ex-presidente Jair Bolsonaro por um golpe de Estado e revelam detalhes em depoimento.

Jair Bolsonaro - Foto: Reprodução
Jair Bolsonaro - Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi confirmado por ex-comandantes das Forças Armadas como tendo pressionado por um golpe de Estado, de acordo com informações da CNN Brasil.

Em depoimento à Polícia Federal (PF), os ex-comandantes do Exército, general Freire Gomes, e da Força Aérea Brasileira (FAB), tenente-brigadeiro do ar Carlos Baptista Júnior, revelaram detalhes sobre a pressão do ex-presidente por um golpe.

O que você precisa saber

  • Ex-comandantes confirmam pressão de Bolsonaro por golpe de Estado.
  • Ex-presidente apresentou “hipótese de Garantia da Lei e da Ordem (GLO)” e outros instrumentos jurídicos para permanecer no poder.
  • Implicação de ex-ministros da Defesa e da Justiça no plano golpista.
  • Ex-comandantes rechaçaram proposta de golpe em diversas ocasiões.
  • Detalhes sobre reuniões no Palácio do Alvorada e no Ministério da Defesa.

Pressão por um golpe de Estado

Nos depoimentos, os ex-comandantes confirmaram que o ex-presidente apresentou uma “hipótese de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e outros instrumentos jurídicos como estado de defesa ou estado de sítio” para permanecer no poder. Eles também implicaram diretamente o ex-ministro da Defesa de Bolsonaro, general Paulo Sérgio Nogueira, e o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, na elaboração de um plano golpista.

Reuniões e planos golpistas

Os ex-comandantes revelaram que foram chamados ao Palácio do Alvorada para reuniões com Bolsonaro por Paulo Sérgio Nogueira. Em uma dessas reuniões, o ex-assessor de Bolsonaro Filipe Martins apresentou um documento que embasaria juridicamente o que seria um golpe de Estado. Após ler o documento, Martins saiu do local para a reunião entre os ex-comandantes e Bolsonaro.

Reunião no Ministério da Defesa

Além das reuniões no Palácio do Alvorada, os ex-comandantes também relataram ter participado de uma reunião no Ministério da Defesa no dia 14 de dezembro de 2022 com o general Paulo Sérgio Nogueira, que apresentou uma nova versão do documento. Segundo os depoimentos, a minuta golpista passou por ajustes.

Posicionamento dos ex-comandantes

Os ex-comandantes afirmaram que rechaçaram em diversas oportunidades uma proposta de golpe, deixando claro que não compactuariam com nenhuma ruptura institucional. Eles também confirmaram terem sido contundentes ao avisar que não participariam de nenhuma ruptura institucional.