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Bolsonaro se vitimiza no Rio de Janeiro e nega golpe, mas teme prisão

Ex-presidente ataca Moraes e questiona foro privilegiado em meio a investigação da PF

Bolsonaro em entrevista ao jornal da Record. Foto: Reprodução
Bolsonaro em entrevista ao jornal da Record. Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, se pronunciou pela primeira vez nesta sexta-feira (9) após a investigação da Polícia Federal (PF) sobre a tentativa de golpe de Estado por seu governo vir à tona. Em entrevista ao Jornal da Record, ele se vitimizou, negou as acusações e atacou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pelo inquérito.

O que você precisa saber:

  • Bolsonaro se pronunciou pela primeira vez sobre a investigação da PF sobre golpe de Estado.
  • Ele se vitimizou, negou as acusações e atacou o ministro Alexandre de Moraes.
  • Bolsonaro teme ser preso e questiona foro privilegiado.
  • Ex-presidente nega golpe e diz que ataques de 8 de janeiro foram “armadilha da esquerda”.

“Prazer dele é me ver numa pior”, disparou Bolsonaro ao ser questionado sobre a possibilidade de ser preso. Ele também demonstrou receio em relação ao seu futuro, afirmando que “até você pode ser preso” no Brasil, e que não existe mais Estado Democrático de Direito.

“O meu processo não podia estar no Supremo. Tem que ser primeira instância. Eu não tenho foro privilegiado mais. Onde o Lula foi julgado no caso do mensalão? Em Curitiba. Por que para mim tem que ser diferente?”, questionou.

Sem citar Moraes diretamente, Bolsonaro se vitimizou dizendo que seu processo está “nas mãos de um núcleo menor de pessoas e nós sabemos ali, que uma ou outra pessoa que o prazer dele é me ver numa pior um dia”, emendou.

Golpe de Estado? Nem pensar!

Bolsonaro negou veementemente a existência de um golpe de Estado ou de qualquer tentativa nesse sentido. “Esse termo golpe de Estado, abolição do Estado Democrático de Direito… Olha é um crime falar disso ai”, afirmou.

Ele ainda atribuiu os ataques de 8 de janeiro ao Palácio do Planalto e ao Congresso Nacional a uma “armadilha da esquerda”. “Esse pessoal do 8 de janeiro, foram levados em uma armadilha da esquerda, mas o que aconteceu foi baderna. Ninguém tentou de forma violenta, usando armas, mudar o Estado Democrático de Direito”, disse.