Óleo de Maconha

Polícia prende influenciadoras por tráfico de drogas

Operação Refil Verde desarticula quadrilha internacional

As influencers Rhaynara Didoff, Letícia Susane Correia Castro e Elisa de Araújo Marden. Foto: Reprodução
As influencers Rhaynara Didoff, Letícia Susane Correia Castro e Elisa de Araújo Marden. Foto: Reprodução

Nesta quarta-feira (24), uma operação conjunta das Polícias Civis do Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal resultou na prisão de sete indivíduos acusados de envolvimento em uma rede de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. Denominada “Refil Verde”, a operação teve como alvo principal uma quadrilha especializada na importação ilegal de óleo de maconha dos Estados Unidos, vendido sob o pretexto de ter propriedades terapêuticas para o consumo em cigarros eletrônicos.

Os investigados utilizavam recipientes de produtos de depilação para disfarçar o entorpecente, que era trazido ao Brasil via Paraguai. Os detidos, incluindo três influenciadoras digitais do Distrito Federal, promoviam as vendas por meio de diversos sites e perfis em redes sociais, alegando que os produtos serviam como remédio para várias doenças.

O que você precisa saber:

  • Operação Refil Verde: Ação das polícias de três estados contra tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
  • Produtos Camuflados: Entorpecentes escondidos em potes de produtos de depilação, importados do Paraguai.
  • Promoção Online: Venda ilegal promovida em websites e redes sociais sob alegação de benefícios terapêuticos.

Estrutura e Logística do Crime

A liderança da operação criminosa estava sediada em uma cidade do interior de São Paulo, responsável pela aquisição do óleo de cannabis nos Estados Unidos e sua distribuição para o Paraguai. Posteriormente, o produto era contrabandeado para o Brasil através de Foz do Iguaçu, no Paraná, e distribuído, principalmente, em São Paulo. O grupo usava solventes e aromatizantes para criar a impressão de diferentes tipos de maconha, apesar de a substância base ser sempre a mesma.

Tecnologia e Fraude

O esquema contava com a colaboração de profissionais de Tecnologia da Informação do Rio de Janeiro, encarregados de criar as plataformas de e-commerce que suportavam as atividades ilegais. Um técnico foi detido na operação. A quadrilha também fazia uso de contas bancárias em nome de terceiros, empresas fantasmas, e documentos falsificados, além de tecnologias deepfake para enganar sistemas de segurança de aplicativos bancários.

Impacto na Saúde Pública e Desdobramentos Legais

A operação destaca a severidade dos crimes contra a saúde pública, marcada pela comercialização de substâncias ilegais como se fossem medicamentos, sem qualquer base científica. As autoridades continuam alertando sobre os riscos associados ao uso desses produtos, enfatizando as implicações legais para os envolvidos.