Guta Stresser participa de campanha para divulgar Consulta Pública que avalia incluir novo tratamento para esclerose múltipla no SUS

Atriz, diagnostica em 2021, é embaixadora do movimento “Esclerose Múltipla: sua opinião pode mudar vidas #contribua”, que visa mobilizar a sociedade e chamar a atenção para necessidades não atendidas dos pacientes

Entre os dias 26 de julho e 14 de agosto, a Comissão Nacional de Incorporação de Novas Tecnologias (CONITEC) disponibiliza em seu site a consulta pública de nº 27/2023, para receber a opinião dos brasileiros sobre a inclusão da cladribina oral no Sistema Único de Saúde (SUS). O medicamento foi aprovado pela Anvisa em 2019 para o tratamento de adultos com esclerose múltipla (EM) remitente recorrente altamente ativa, e já está disponível em sistemas públicos de saúde de pelo menos 16 países. Em parecer inicial, a recomendação da CONITEC foi desfavorável a inclusão.

A atriz Guta Stresser, diagnosticada em 2021, está engajada na campanha “Esclerose Múltipla: sua opinião pode mudar vidas #contribua”, que visa chamar atenção sobre a importância de expandir as possibilidades de tratamento com olhar para aqueles que hoje não têm suas necessidades atendidas pelo sistema público de saúde.

“Eu felizmente tenho respondido bem aos tratamentos disponíveis no SUS. Entretanto, essa infelizmente não é a realidade de todos os brasileiros que convivem com a EM e pode inclusive não ser a minha no futuro, já que a esclerose múltipla é uma doença crônica e complexa, que exige uma abordagem individualizada. Por isso, faço um convite à sociedade para debatermos juntos a inclusão de novas terapias no sistema público de saúde, com olhar para a disponibilização de mais opções de tratamento que respondam as necessidades hoje não atendidas de pessoas que como eu vivem com esclerose múltipla”, reforça a embaixadora Guta.

A esclerose múltipla é uma doença neurológica, autoimune e potencialmente incapacitante, que apresenta maior incidência em mulheres entre 20 e 40 anos de idade.1 Por ser uma doença que atinge diferentes áreas do sistema nervoso central, pode se apresentar em cada pessoa de maneira diferente e, normalmente, com mais de um sintoma no mesmo paciente. Os sintomas podem se manifestar e regredir ou causar danos permanentes, entre eles estão cansaço extremo e fraqueza muscular; dificuldades para andar; alterações na sensibilidade, como formigamento e dormência de braços e pernas; esquecimento ou confusão mental; e perda de visão.2

“Nas últimas duas décadas, o tratamento da esclerose múltipla avançou significativamente, oferecendo novas perspectivas aos pacientes, que antes associavam o diagnóstico da EM a uma vida na cadeira de rodas. Hoje, o que buscamos oferecer é um tratamento que permita aos pacientes seguirem ativos, estudando, trabalhando e se relacionando de acordo com o seu potencial e desejo. Para isso, precisamos considerar as realidades e particularidades de cada paciente, bem como a terapia mais adequada para cada subtipo e gravidade da EM”, explica Dra. Ana Claudia Piccolo, neurologista e vice coordenadora do departamento científico de neuroimunologia da Academia Brasileira de Neurologia.

A cladribina oral é uma terapia administrada por meio de comprimidos ao longo de 20 dias durante os primeiros dois anos de tratamento, com eficácia sustentada por pelo menos quatro anos3,4. Os estudos clínicos realizados com o medicamento apontam que ele reúne todos os requisitos de segurança, simplicidade de administração, eficácia e inovação em um único tratamento, o que, até então, não havia sido apresentado por outro tratamento para esclerose múltipla.5

Sua administração simples e cômoda reduz o tempo e os custos públicos gastos na administração de medicamentos infusionais, que hoje são os únicos disponíveis no SUS para quem apresenta EM altamente ativa. Além disso, os ciclos curtos de tratamento em comprimidos tornam-se mais convenientes para os pacientes que moram afastados dos grandes centros de dispensação e administração de terapias infusionais ou injetáveis, permitindo que sigam sua rotina de trabalho e estudo, entre outras atividades pessoais.

Como participar da Consulta Pública?

Qualquer cidadão com 18 anos ou mais pode contribuir dando sua opinião sobre a inclusão da cladribina oral no SUS. Basta acessar o site da CONITEC, procurar pela consulta pública nº 27/2023 e seguir as orientações da tela.