Padroeiro

Festa de São Sebastião no Rio de Janeiro: programação especial com procissão, missas e bençãos

Santo padroeiro da cidade terá 14 missas, confissões e tradicional procissão no sábado

Festa de São Sebastião do Rio de Janeiro
Festa de São Sebastião do Rio de Janeiro - Foto: Reprodução

No sábado, 20 de janeiro, o Rio de Janeiro celebra o Dia de São Sebastião, santo padroeiro da cidade. Para a data, o Santuário Basílica de São Sebastião dos Frades Capuchinhos, na Tijuca, preparou uma programação especial, com 14 missas, doze horas de confissões, benção aos fiéis e a tradicional procissão.

O que você precisa saber:

  • Dia de São Sebastião é feriado no Rio de Janeiro.
  • Santuário Basílica de São Sebastião dos Frades Capuchinhos terá 14 missas, doze horas de confissões, benção aos fiéis e procissão.
  • Procissão de São Sebastião foi declarada patrimônio cultural do Rio de Janeiro em 2014.
  • São Sebastião é considerado mártir para os católicos e também é homenageado pelos praticantes de religiões de matriz africana.

A programação da festa de São Sebastião no Santuário Basílica de São Sebastião dos Frades Capuchinhos começa às 5h da manhã, com a primeira missa. Às 8h, haverá uma missa com a presença do arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta.

Ao longo do dia, serão celebradas mais 12 missas, com horários variados. Às 16h, sairá a tradicional procissão, que percorre cerca de 5 km, a partir da basílica, na Tijuca, até a Catedral Metropolitana, no Centro.

A procissão de São Sebastião foi declarada patrimônio cultural do Rio de Janeiro em 2014. Ela é realizada desde o século XVI, quando os portugueses expulsaram os franceses do Rio de Janeiro, na Batalha de Uruçumirim, em 20 de janeiro de 1567. Segundo a lenda, São Sebastião teria sido visto ao lado dos portugueses na batalha.

Além da procissão, a programação da festa de São Sebastião no Santuário Basílica de São Sebastião dos Frades Capuchinhos também inclui:

  • Confissões: das 6h às 22h
  • Bênção aos fiéis: às 18h, no pátio da igreja
  • Festa popular: com música, comidas e bebidas, a partir das 19h, no pátio da igreja

Considerado um mártir para os católicos, São Sebastião é também homenageado pelos praticantes de religiões de matriz africana. Em diversos templos é dia de celebração a Oxóssi, o orixá que faz sincretismo com São Sebastião no Rio. Oxóssi é considerado o rei das matas, das caças e da fartura.

O Dia de São Sebastião é feriado no Rio de Janeiro. Ele também é padroeiro de várias outras cidades do país, como Ribeirão Preto (SP), São Sebastião (SP), Porto Ferreira (SP), Valinhos (SP), Suzano (SP), Presidente Prudente (SP), Brumadinho (MG), Capitólio (MG), Una (BA) e Ibotirama (BA).

Oração de São Sebastião contra os males

Glorioso mártir, valoroso São Sebastião, soldado de Jesus Cristo, que morrestes trespassado de flechas, amarrado a um tronco de laranjeira. Pelos vossos méritos, sede o nosso protetor guardando-nos, livrando-nos dos perigos que nos ameaçam, a nós, a nossa família e a toda a humanidade. Senhor Deus todo-poderoso, pela intercessão do mártir São Sebastião atendei a nossa prece. Jesus Cristo, filho de Deus, sede propício aos rogos que vos dirigimos por intermédio de São Sebastião. Glorioso mártir, protegei-nos contra a peste, contra o mal terrível que nos ameaça e que tem ceifado tantas vidas preciosas.
Amém!

Conheça a história de São Sebastião

São Sebastião foi um soldado romano que, por sua fé em Jesus Cristo, foi martirizado pelo imperador Maximiano. Sua história é marcada por coragem, devoção e amor ao próximo.

O que você precisa saber:

  • São Sebastião nasceu na França, em 256 d.C.
  • Tornou-se capitão da guarda pretoriana, um cargo de grande prestígio.
  • Era um cristão secreto e ajudava os cristãos perseguidos.
  • Foi denunciado ao imperador Maximiano, que o mandou matar a flechadas.
  • Sobreviveu e foi escondido por Irene, uma cristã devota.
  • Foi novamente martirizado, desta vez açoitado até a morte.
  • É padroeiro do Rio de Janeiro.

São Sebastião nasceu na cidade de Narbona, na França, em 256 d.C. Seu nome de origem grega, Sebastiãos, significa “divino, venerável”. Ainda pequeno, sua família se mudou para Milão, na Itália, onde ele cresceu e estudou. Mais velho, optou por seguir a carreira militar de seu pai.

No exército romano, chegou a ser capitão da 1ª guarda pretoriana. Esse cargo só era ocupado por pessoas ilustres, dignas e corretas. Sebastião era muito dedicado à carreira, sempre reconhecido por seus amigos e até mesmo pelo imperador romano, Maximiano.

Na época, o império romano era governado por Diocleciano, no oriente, e por Maximiano, no ocidente. Maximiano não sabia que Sebastião era cristão. Não sabia também que Sebastião, sem deixar de cumprir seus deveres militares, não participava dos martírios nem das manifestações de idolatria dos romanos.

Por isso, São Sebastião é conhecido por ter servido a dois exércitos: o de Roma e o de Cristo. Sempre que conseguia uma oportunidade, visitava os cristãos presos, levava uma ajuda aos que estavam doentes e aos que precisavam.

Ao tomar conhecimento de cristãos infiltrados no exército romano, Maximiano realizou uma caça a esses cristãos, expulsando-os do exército. Só os filhos de soldados ficaram obrigados a servir o exército. E este era o caso do Capitão Sebastião. Para os outros jovens a escolha era livre.

Denunciado por um soldado, o imperador se sentiu traído e mandou que Sebastião renunciasse à sua fé em Jesus Cristo. Sebastião se negou a fazer esta renúncia. Por isso, Maximiano mandou que ele fosse morto para servir de exemplo e desestímulo a outros.

Maximiano, porém, ordenou que Sebastião tivesse uma morte cruel, diante de todos. Assim, os arqueiros receberam ordens para que ele fosse morto a flechadas. Eles tiraram suas roupas, o amarraram num poste no estádio de Palatino e lançaram suas flechas sobre ele. Ferido, deixaram que ele sangrasse até morrer.

Irene, uma cristã devota, e um grupo de amigos, foram ao local e, surpresos, viram que Sebastião continuava vivo. Levaram-no dali e o esconderam na casa de Irene que cuidou de seus ferimentos.

Depois de curado, Sebastião continuou evangelizando e se apresentou ao imperador Maximiano, que não atendeu ao seu pedido. Sebastião insistia para que ele parasse de perseguir e matar os cristãos. Desta vez o imperador mandou que o açoitassem até morrer e depois fosse jogado numa fossa, para que nenhum cristão o encontrasse.

Porém, após sua morte, São Sebastião apareceu a Lucina, uma cristã, e disse que ela encontraria o corpo dele pendurado num poço. Ele pediu para ser enterrado nas catacumbas junto dos apóstolos.

Alguns autores acreditam que Sebastião foi enterrado no jardim da casa de Lucina, na Via Ápia, onde se encontra sua Basílica. Construíram, então, nas catacumbas, um templo, a Basílica de São Sebastião. O templo existe até hoje e recebe devotos e peregrinos do mundo todo.

Tal como São Jorge, Sebastião foi um dos soldados romanos mártires e santos, cujo culto nasceu no século IV e que atingiu o seu auge nos séculos XIV e XV, tanto na Igreja Católica como na Igreja Ortodoxa. Existe também uma capela em Palatino, com uma pintura que mostra Irene tratando das feridas de Sebastião. Irene também foi canonizada e sua festa é no dia 30 de março.