Igual a Zona Oeste

Paes denúncia oferta de segurança privada para moradores do Jardim Botânico feita por falsos agentes

Moradores do Jardim Botânico são abordados por falsos policiais oferecendo segurança

Preço para a prestação de serviços muda entre um salário mínimo e R$ 500 Reprodução
Preço para a prestação de serviços muda entre um salário mínimo e R$ 500 Reprodução

Moradores do bairro Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio de Janeiro, sentiram como é a realidade de milhares de cariocas que vivem nas Zonas Norte e Oeste da cidade e são dominadas pelo tráfico de drogas e por milicias armadas.

Tendo a vantagem de possuírem o contato direto do prefeito da cidade, os moradores da zona sul relataram que foram abordados por dois homens que se apresentaram como policiais militares oferecendo serviços de segurança privada. O caso foi denunciado pelo prefeito Eduardo Paes nas redes sociais.

O que você precisa saber:

  • Moradores do Jardim Botânico foram abordados por dois homens que se apresentaram como policiais militares oferecendo serviços de segurança privada.
  • O caso foi denunciado pelo prefeito Eduardo Paes nas redes sociais.
  • O secretário municipal de Ordem Pública, delegado Brenno Carnevale, recebeu as denúncias e irá investigar o caso.

Segundo Paes, os moradores não aceitaram o serviço de segurança e ficaram assustados com a oferta. Um dos homens, que enviou mensagem aos possíveis clientes, se apresentou como policial militar. De acordo com a oferta, a empresa que seria responsável pelo serviço trabalha para restaurantes, é legalizada com endereço fixo e CNPJ, além de emitir nota fiscal eletrônica.

“O que mais impressiona é que o sujeito se identifica como agente do estado para oferecer seus serviços de ‘segurança’. Tem algo muito errado quando fora do horário de expediente alguém oferece serviços que deveriam ser oferecidos na hora do expediente”, escreveu Paes.

No modelo de contrato divulgado pelo prefeito, a empresa informou que o objetivo é “evitar a permanência de desocupados, pichadores e moradores de rua próximo ao local, auxiliar os moradores, lojistas e seus clientes no decorrer do serviço.” A organização garante que os homens contratados como vigias iriam trabalhar desarmados, devidamente uniformizados, com rádio portátil e telefone, 24 horas por dia.

O valor do serviço para residência é de R$ 500 e, para condomínios e prédios, o valor de um salário mínimo: R$ 1.412.

De acordo com a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), o delegado Brenno Carnevale recebeu as denúncias sobre a prática de cobrança de taxas a moradores para prestação de serviços de segurança privada, com indícios de coação, em ruas do bairro de Jardim Botânico, nesta terça-feira (16). O órgão informou que o secretário acionou o setor de inteligência da secretaria para consolidar as informações e, nesta quarta-feira (17), irá formalizar, junto aos órgãos competentes, para continuidade das investigações.