Segurança Pública

Câmeras nos Uniformes: Bope RJ adota medida após determinação do STF

Policiais do Bope começam a usar câmeras em seus uniformes, atendendo à ordem do STF e buscando maior transparência.

Jovens negros são os principais alvos da violência policial no estado de São Paulo, segundo levantamento da Rede de Observatórios - Tomaz Silva/Agência Brasil
Jovens negros são os principais alvos da violência policial no estado de São Paulo, segundo levantamento da Rede de Observatórios - Tomaz Silva/Agência Brasil

A partir de segunda-feira (8), os policiais do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) do Rio de Janeiro estarão equipados com câmeras em seus uniformes, conforme confirmado pelo próprio batalhão.

O secretário de Polícia Militar fluminense, coronel Luiz Henrique Marinho Pires, anunciou que até o final de junho, todas as unidades da corporação implementarão esses dispositivos de vídeo em suas fardas. A iniciativa busca atender à determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) e garantir maior transparência nas ações policiais.

O que você precisa saber:

  • Policiais do Bope RJ adotam câmeras nos uniformes a partir de segunda-feira.
  • Determinação do STF exige que forças policiais do Rio incorporem os equipamentos.
  • Até o momento, 11.249 câmeras foram implantadas, com mais 1.660 em fase de instalação.

Garantindo Transparência: A medida visa cumprir o cronograma estipulado pelo STF, que determinou a adoção das câmeras pelas forças policiais do estado do Rio de Janeiro. Em julho, um decreto do governo estadual tornou obrigatório o uso desses dispositivos por agentes das polícias Civil e Militar, especialmente em operações especiais.

Implantação em Números: Segundo dados da PM, 11.249 câmeras já foram implantadas, enquanto outras 1.660 estão em processo de instalação. Um total de 13 mil câmeras foi adquirido para equipar as forças de segurança do estado.

Desafios e Números da Violência Policial: Apesar da iniciativa, a violência policial no Rio de Janeiro permanece uma preocupação. Em 2022, as polícias do estado foram responsáveis por 29,7% das mortes violentas registradas, totalizando 1.327 vítimas. A cientista social Silvia Ramos destaca a recorrência desses altos índices e questiona a falta de estudos sobre as mudanças nesse cenário.

Foco na Transparência: A necessidade de maior transparência nas ações policiais é evidenciada pela cientista social, que ressalta a importância de estudos para compreender as mudanças nos fenômenos relacionados à violência policial. Ramos critica a ausência de uma secretaria de segurança no Rio de Janeiro e aponta a omissão do Ministério Público.