Com o passar dos anos, as inovações no campo da tecnologia avançam cada vez mais com maior rapidez — principalmente quando o assunto é inteligência artificial. Pensar neste recurso como ferramenta para ajudar no desenvolvimento de um futuro positivo para a sociedade foi uma das preocupações da conferência Rio.Futuro, que na edição deste ano teve como tema “Um Outro Mundo é Possível” e já está disponível gratuitamente online.
O rápido avanço da IA faz com que o assunto em torno do tema mude constantemente. Neste ano, o ChatGPT, suas facilidades e problemáticas, tomou a dianteira no cenário de discussões. Vislumbrar o futuro desta tecnologia e como ela pode ser útil na solução de problemas é algo que precisa ser pensado. “A IA vem para ampliar nossa capacidade de realização. Estamos falando de ser mais eficiente, de conseguir liberar o humano para questões mais criativas e realizar tudo que é operacional, para que as máquinas possam nos ajudar”, explica Delmir Peixoto, Consultor em Metodologias e Tecnologias Educacionais da Petrobras, patrocinadora platinum do Rio.Futuro ao lado do Governo Federal.
O objetivo primordial da conferência é pensar em melhorias para o amanhã através do papel transformador da tecnologia e da sustentabilidade. “É normal termos medo do futuro. Mas precisamos superar esse obstáculo para recalcularmos, enquanto sociedade, que tipo de futuro podemos criar usando a tecnologia a nosso favor”, detalha Xavier Leclerc, curador do evento.
Apresentados em palestras, masterclass, entrevistas e provocações, os conteúdos do Rio.Futuro são divididos em dois eixos principais. O primeiro se preocupa em debater como construir um futuro incluso com impacto socioambiental positivo, enquanto o segundo busca entender a realidade para aproveitar a escala e alcance da tecnologia. Dentre os diversos conteúdos da conferência, a inteligência artificial ganhou destaque em painéis como o apresentado por Alaor Neto, Account Manager da Nvidia, que falou em entrevista sobre como a IA pode nos ajudar a enfrentar o desafio energético.
Outro assunto tratado pelo evento durante uma provocação foi a tecnofobia — conceito que pode se referir ao medo da tecnologia ou antagonismo em relação ao desenvolvimento tecnológico. A mesa redonda intitulada Da admiração ao medo: por que mudamos nossa relação com a tecnologia?, mediada pela jornalista Angelica Mari, contou com Mathieu Fitoussi, CEO da Servier do Brasil, e Florian Fournier, da Threefold Foundation.
“A tecnologia sempre foi aliada da humanidade. Nossa complexidade econômica e nosso avanço como sociedade está intimamente ligado ao avanço tecnológico. É super importante saber como utilizá-la para o impacto positivo. E isso depende tanto de instâncias da macroeconomia, atores como governo, entidades em geral, mas também individualmente, através de uma consciência coletiva, que defina e aplique a tecnologia a serviço de uma sociedade melhor”, complementa Peixoto.
A conferência Rio.Futuro foi gravada no dia 10 de agosto no Teatro Prudential, no Rio de Janeiro, e agora pode ser assistida na íntegra em uma plataforma online 100% gratuita. Todos os conteúdos ficarão disponíveis até o dia 15 de setembro no site riofuturo.com.br mediante cadastro.
