Indulto Presidencial

Ministros pedem a Lula indulto para porteiro condenado injustamente

Paulo Alberto da Silva Costa, libertado após decisão do STJ, ainda luta contra processos e busca indulto presidencial

O porteiro Paulo Alberto da Silva Costa foi solto em 2023 após ser preso injustamente. Foto: Reprodução
O porteiro Paulo Alberto da Silva Costa foi solto em 2023 após ser preso injustamente. Foto: Reprodução

Rio de Janeiro – Um ano após ser libertado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), o porteiro Paulo Alberto da Silva Costa, de 37 anos, enfrenta novas condenações e dificuldades para conseguir emprego. Paulo aguarda resposta ao pedido de indulto enviado pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro ao presidente Lula.


O que você precisa saber:

  • Condenações: Paulo foi condenado em três novos processos e citado para responder a um 63º processo por roubo.
  • Libertação: STJ revogou 12 mandados de prisão e determinou sua soltura, classificando o caso como uma “vergonha”.
  • Apoio ao indulto: O pedido de indulto é apoiado pelo ministro Silvio Almeida e pelo Ministério da Igualdade Racial, comandado por Anielle Franco.
  • Dificuldades de emprego: Paulo enfrenta dificuldades para conseguir trabalho devido aos constantes interrogatórios.

Novas Condenações e Processos

Desde sua libertação pelo STJ, Paulo Alberto da Silva Costa foi condenado em três novos processos e citado para responder a um 63º processo por roubo. Apesar de 16 absolvições em primeira instância, incluindo uma por homicídio, e quatro condenações revertidas pelo STJ, Paulo ainda lida com frequentes audiências judiciais.

Aguardando Indulto Presidencial

A Defensoria Pública do Rio de Janeiro enviou um pedido de indulto ao presidente Lula, com apoio do ministro Silvio Almeida e da ministra Anielle Franco. O pedido visa anular as quatro condenações definitivas de Paulo e passar pelo Conselho Penitenciário e pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública antes de ser decidido pelo presidente.

Dificuldades de Reintegração

Desde sua libertação, Paulo tentou trabalhar em uma obra como ajudante, mas as constantes audiências judiciais tornaram impossível manter o emprego. Atualmente, ele vive de bicos e lavando carros, encontrando grande dificuldade para obter uma oportunidade de trabalho devido aos processos em andamento.

Impacto das Condenações

Lúcia Helena, coordenadora criminal da Defensoria Pública, defende que o indulto traga à tona a discussão sobre o reconhecimento fotográfico, prática considerada ilegal pelo STJ e utilizada nas acusações contra Paulo. A defesa optou pelo indulto ao invés de uma revisão criminal das condenações definitivas.