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Eduardo Paes admite erro ao nomear Brazão

Prefeito do Rio de Janeiro reconhece equívoco e busca corrigi-lo após nomeação

Chiquinho Brazão e Eduardo Paes durante nomeação como secretário especial de Ação Comunitária da prefeitura do Rio. Foto: DIvulgação
Chiquinho Brazão e Eduardo Paes durante nomeação como secretário especial de Ação Comunitária da prefeitura do Rio. Foto: DIvulgação

Antes tarde do que nunca, já diz o ditado. O Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou que “foi um erro” nomear Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), preso por suspeita de envolvimento no assassinato de Marielle Franco, para o cargo de secretário especial de Ação Comunitária do Rio.

A indicação ocorreu em outubro de 2023, após negociação com o partido Republicanos.

Apesar de reconhecer o erro, Paes não comentou sobre seu apoio à família Brazão nas últimas eleições municipais quando “lançou” a candidatura de Caio Brazão, filho de Domingos e teceu inúmeros elogios a família, dizendo inclusive que eram quem mais brigava por Jacarépagua.

Vale lembrar que na ocasião, a viúva de Marielle, Mônica Benício, criticou publicamente a nomeação de Chiquinho Brazão por Paes, questionando suas motivações políticas.

O que você precisa saber:

1. Reconhecimento do erro:

  • Paes admite equívoco em nomear Brazão, investigado por envolvimento no caso Marielle.
  • Declaração ocorreu durante inauguração do BRT Transbrasil.

2. Retirada do cargo:

  • Chiquinho Brazão se licenciou como deputado federal para assumir a pasta.
  • Deixou o posto após suspeitas de envolvimento no atentado contra Marielle.

Durante evento de inauguração do BRT Transbrasil no Terminal Intermodal Gentileza, Paes reconheceu o erro e afirmou: “Foi um erro da minha parte colocar no governo uma pessoa que tinha suspeita no caso”. Ele reforçou seu compromisso em corrigir o equívoco.

Domingos Brazão e Eduardo Paes. Foto: Reprodução
Domingos Brazão e Eduardo Paes. Foto: Reprodução

Chiquinho Brazão se licenciou do cargo de deputado federal para assumir a secretaria e deixou o posto em fevereiro deste ano, após surgirem informações sobre seu possível envolvimento no caso Marielle. A nomeação foi parte de um acordo entre Paes e o Republicanos para apoio à sua reeleição nas eleições municipais.

Paes ressaltou que continuará demonstrando que não compactua com irregularidades em sua gestão. O Republicanos, partido que indicou Brazão para o cargo, afirmou que ele foi exonerado quando surgiram especulações sobre o caso.