CPI

CPI da Seap já tem assinaturas suficientes para abertura na Alerj

Deputados da base e de oposição ao governo assinam requerimento proposto por Filippe Poubel e Alan Lopes

Deputado estadual Filippe Poubel coleta assinatura para abertura da CPI da Seap
Deputado estadual Filippe Poubel coleta assinatura para abertura da CPI da Seap

Deputados da base do governo e de oposição estão mobilizados na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) para que seja aberta a CPI da Seap (Secretaria estadual de Administração Penitenciária), após denúncias de corrupção na pasta. 

Na tarde desta quarta-feira (07/02), durante a sessão plenária, o deputado Filippe Poubel (PL), autor do requerimento de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito junto com Alan Lopes (PL), recolheu assinaturas.

Já foram coletados mais do que o número mínimo de 23 assinaturas – 1/3 do total de deputados – para protocolar o pedido de abertura da CPI.

Diante de uma série de escândalos, a Seap já vinha sendo alvo de críticas dos deputados. A gota d’água foi a grave denúncia — oficialmente protocolada num processo administrativo — sobre cobrança de propina em contrato para fornecimento de alimentação para os presos. A pasta é comandada pela inspetora penal Maria Rosa Lo Duca Nebel.

“Para surpresa da população do Rio de Janeiro, da imprensa, de nós parlamentares, a empresa rescindiu contrato unilateralmente por conta de estar sendo chantageada a fim de pagar propina”, discursou o deputado Filippe Poubel, lembrando outras denúncias referentes à pasta, como o uso de celulares por detentos e a utilização de viaturas oficiais pelo marido da secretária Maria Rosa, para ir à praia e à academia. 

“É inaceitável que o sistema prisional do Rio ainda seja comandado por esta senhora, que lá está. E diversos escândalos de corrupção, um atrás do outro acontecendo”, completou Poubel. 

Alan Lopes, por sua vez, disse que o curioso é “exatamente esta blindagem” da secretária.  Ele também lembrou que as cantinas dos presídios não tinham contratos: “em apenas seis meses elas arrecadaram R$ 128 milhões”, apontou.

O deputado alegou ainda que a empresa que está assumindo agora não teria participado de disputa. “Ela ganhou com dispensa de licitação um contrato de quase R$ 60 milhões e, pasmem, essa empresa tem um capital social de apenas R$ 200 mil, mas precisa implementar, de imediato, R$ 3 milhões. E, ao longo de 180 dias, R$ 15 milhões. Eu quero saber de onde vão sair os R$ 18 milhões, se esta empresa tem capital social de R$ 200 mil”, questionou Alan Lopes.