Covardia

Câmara do Rio adia novamente votação sobre medalhas de acusados no caso Marielle

Vereadores não alcançam quórum para cancelar honrarias concedidas a irmãos Brazão

Vereadores do Rio
Vereadores do Rio

Rio de Janeiro – Os vereadores do Rio de Janeiro, mais uma vez, não votaram o pedido de cancelamento das medalhas Pedro Ernesto concedidas aos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, presos desde março por suspeita de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco. A votação, esvaziada pela quinta vez, foi proposta pela vereadora Mônica Benício (Psol), viúva de Marielle.

O que você precisa saber

  • Tentativa de votação: Apenas 18 dos 40 vereadores presentes votaram, sendo 17 a favor e um absteve-se.
  • Necessidade de quórum: São necessários 26 votos para aprovação do cancelamento das medalhas.
  • Próxima sessão: O requerimento retornará para votação na próxima sessão, marcada para quarta-feira (29).
  • Argumentos contrários: Vereador Waldir Brazão argumenta que os irmãos Brazão não foram condenados e critica repetição de votações.

Argumentos dos vereadores

A favor da revogação

A vereadora Mônica Benício, líder da bancada do Psol, insiste na cassação das honrarias em respeito à memória de Marielle Franco e às acusações graves contra os irmãos Brazão.

Contra a revogação

O vereador Waldir Brazão defende que, sem condenação, os irmãos não devem ser punidos com a retirada das medalhas e critica a insistência da Mesa Diretora em colocar a questão em votação repetidamente.

Contexto das acusações

Os irmãos Brazão, junto com o delegado Rivaldo Barbosa, foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como mandantes do homicídio de Marielle Franco e por integrar uma organização criminosa. A denúncia baseia-se na delação do assassino confesso Ronnie Lessa.