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Mourão afirma que não é sua "Função" ajudar vitimas do RS

Senador critica ação de parlamentares durante tragédia no Rio Grande do Sul e se defende de críticas

Senador Hamilton Mourão defende sua postura durante crise no Rio Grande do Sul, afirmando não ser sua função participar de salvamentos
Senador Hamilton Mourão defende sua postura durante crise no Rio Grande do Sul, afirmando não ser sua função participar de salvamentos

Porto Alegre – Nesta sexta-feira (24), o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente do governo de Jair Bolsonaro (PL), afirmou em entrevista ao programa “Time Line”, da Rádio Gaúcha, que não considera sua função participar de salvamentos durante a tragédia no Rio Grande do Sul. Mourão, que tem sido criticado por sua falta de ação durante a crise, justificou sua postura dizendo que sua idade e função não o colocam nessa posição.

O que você precisa saber

  • Declaração polêmica: Mourão afirma que não é sua função participar de salvamentos.
  • Críticas: Acusado de inatividade durante crise no Rio Grande do Sul.
  • Comparações: Referências a figuras públicas que ajudaram diretamente.
  • Resposta: Mourão critica exploração política da tragédia por outros parlamentares.

Detalhes da Entrevista

Em resposta às críticas por sua falta de ação durante a tragédia no Rio Grande do Sul, Mourão declarou: “Vamos lembrar sempre que eu sou um homem de 70 anos de idade, né? Quantos homens de 70 anos de idade estão no meio da água aí? Vocês disserem, tem alguém da minha idade salvando gente, né? Mas eu não vejo isso como minha função. Eu estarei tendo um desvio de função. É a minha visão.”

Comparações e Críticas

Os apresentadores do programa compararam a atuação de Mourão com a de outras figuras públicas, como o goleiro Rochet do Internacional e o jogador do Grêmio, Diego Costa, que participaram ativamente dos esforços de resgate. “Se o Rochet foi lá, se o jogador do Grêmio, Diego Costa, foi lá e salvou gente em Eldorado, cadê o senador? Cadê o Mourão? Por isso que as pessoas estão nesse sentimento”, questionou a radialista.

Acusações de Exploração Política

Mourão também criticou outros parlamentares que, segundo ele, estão explorando politicamente a tragédia. Ele mencionou especificamente o ministro Paulo Pimenta, designado para representar o governo federal no Rio Grande do Sul, acusando-o de fazer declarações “cínicas” sobre a manutenção das casas de bombas de Porto Alegre.

Repercussões Técnicas

Professores do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) emitiram uma nota técnica afirmando que a falta de manutenção na gestão do prefeito Sebastião Melo (MDB) contribuiu para a incapacidade de escoar as águas, resultando na maior inundação já registrada na capital gaúcha.