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Lira entrega comissão sobre yanomamis para bolsonaristas

Comissão Externa Focará em Crianças, Adolescentes e Mulheres na Terra Indígena Aracaçá

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados. Foto: reprodução
Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados. Foto: reprodução

Brasília – Nesta terça-feira (14), a Câmara dos Deputados aprovou a criação de uma comissão externa para investigar a situação de crianças, adolescentes e mulheres na comunidade Aracaçá, localizada na terra indígena Yanomami, em Roraima. A decisão veio em resposta a denúncias recentes de violência e desaparecimentos.

O que você precisa saber:
  • Objetivo: Investigar a situação de crianças, adolescentes e mulheres na comunidade Aracaçá, terra indígena Yanomami.
  • Criação: Aprovada pela Câmara dos Deputados.
  • Presidência: Coronel Fernanda (PL-MT), indicada por Arthur Lira.
  • Comissão: Composta por 14 políticos, majoritariamente de direita.
  • Motivação: Denúncias de estupro, desaparecimento e violência na comunidade.

Indicação e Reações

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), indicou a bolsonarista Coronel Fernanda (PL-MT) para coordenar a comissão, causando descontentamento nas deputadas Erika Kokay (PT-DF) e Joenia Wapichana (Rede-RR), que haviam proposto a criação do grupo.

A comissão será composta por:

  • Abilio Brunini (PL-MT)
  • Capitão Alberto Neto (PL-AM)
  • Coronel Assis (União-MT)
  • Coronel Chrisóstomo (PL-RO)
  • Cristiane Lopes (União-RO)
  • Dr. Fernando Máximo (União-RO)
  • Gabriel Mota (Republicanos-RR)
  • Gisela Simona (União-MT)
  • José Medeiros (PL-MT)
  • Lucio Mosquini (MDB-RO)
  • Nicoletti (União-RR)
  • Pastor Diniz (União-RR)
  • Silvia Cristina (PL-RO)
  • Silvia Waiãpi (PL-AP)

Denúncias e Investigações

Recentemente, denúncias apontaram que uma menina indígena foi vítima de estupro e outra está desaparecida, em incidentes envolvendo garimpeiros. A Polícia Federal, ao investigar a comunidade, encontrou o local incendiado e sem moradores.

O líder indígena Junior Hekurari também relatou o sequestro de uma mulher Yanomami e seu filho de três anos, com o bebê sendo jogado em um rio e permanecendo desaparecido.

“No sobrevoo, vimos que a comunidade estava queimada. Segundo relatos, viviam lá cerca de 24 yanomamis, mas não havia ninguém. Em todos meus 35 anos, nunca vi isso. Um Yanomami não abandona sua casa, a menos que seja uma situação muito grave”, afirmou Hekurari.

Campanha “Cadê os Yanomamis”

A gravidade das denúncias gerou comoção nacional e a campanha “Cadê os Yanomamis” nas redes sociais, pressionando as autoridades a tomarem medidas para esclarecer os fatos e proteger a comunidade.

Missão da Comissão

A comissão externa planeja uma visita a Roraima para investigar a situação dos indígenas pessoalmente e garantir que os direitos dos Yanomamis sejam respeitados e protegidos.