Incoerente: Deputado pede intervenção do governo em aeroporto privatizado

Marcel van Hattem critica governo Lula por demora na reabertura após enchentes

Marcel van Hattem no Aeroporto Salgado Filho. Foto: reprodução
Marcel van Hattem no Aeroporto Salgado Filho. Foto: reprodução

Rio de Janeiro – O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS), conhecido defensor da privatização, pediu em vídeo no X que o governo Lula (PT) intervenha no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, para garantir sua reabertura após as enchentes no Rio Grande do Sul.

O que você precisa saber:

  • Marcel van Hattem pediu intervenção do governo no Aeroporto Salgado Filho.
  • Responsabilidade pela reabertura é da Fraport, empresa alemã responsável pela concessão.
  • Usuários criticaram o deputado por contradição ideológica.
  • CEO da Fraport, Andreea Pal, acusou governo de atrasar indenizações e burocracia.

Pedido de Intervenção

Marcel van Hattem, deputado federal pelo Novo-RS, publicou um vídeo no X solicitando que o governo federal intervenha para que o Aeroporto Salgado Filho volte a funcionar após as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul. “Se não houver interferência do governo federal nesse processo, e urgente, não vai acontecer [a reabertura do aeroporto]”, declarou o deputado.

Responsabilidade da Fraport

Usuários da rede social e a própria plataforma lembraram van Hattem que a responsabilidade de arcar com os prejuízos e a reabertura do aeroporto é da Fraport, conforme o contrato de concessão assinado com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).


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Críticas e Contradições

As declarações de van Hattem geraram críticas e piadas devido à sua aparente contradição ideológica. O jurista Bruno Seligman ironizou: “23h59: o governo não pode interferir no preço do arroz; 0h00: o governo precisa interferir no aeroporto.” Outros usuários destacaram a incoerência de permitir que empresas estrangeiras fiquem com o lucro enquanto o Estado assume os prejuízos.

Reações à Solicitação

A CEO da Fraport no Brasil, Andreea Pal, acusou o governo de atrasar o pagamento de indenizações a funcionários e não aliviar a burocracia. No entanto, suas alegações são contestadas pelo contrato de concessão.