Direita

Deputado bolsonarista que já treinou tiro ao alvo em foto Dilma pede investigação contra MTST

Danilo Balas mostra que conhece pouco da Bíblia e da história do cristianismo no mundo

Publicação do MTST na 6ª Feira da Paixão. Foto: Reprodução
Publicação do MTST na 6ª Feira da Paixão. Foto: Reprodução

O deputado estadual bolsonarista Danilo Balas (PL-SP), conhecido por ter sido punido pela Polícia Federal ao usar uma caricatura de Dilma para treinar tiro ao alvo, solicitou ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP) que investigue o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) por suposto crime de intolerância religiosa.

O pedido baseia-se em uma imagem divulgada pelo movimento, que mostra a crucificação de Jesus Cristo acompanhada da frase “bandido bom é bandido morto”.

O que você precisa saber

  • Danilo Balas solicita ao MP-SP investigação sobre suposto crime de intolerância religiosa por parte do MTST.
  • O movimento alega que a interpretação da imagem foi equivocada e sugere a leitura de um trecho bíblico para esclarecimento.
  • Políticos bolsonaristas criticaram o MTST após a publicação da imagem, acusando o movimento de tentar retratar Jesus como um criminoso.

Segundo o deputado bolsonarista, a intenção da publicação seria chocar os cristãos e zombar de sua fé, configurando um possível incentivo ao preconceito contra essa religião. Caberá ao Ministério Público avaliar se há elementos para iniciar uma investigação sobre o caso.

Reações e Alegações

O MTST, por sua vez, argumentou que houve falta de interpretação da imagem e da mensagem, sugerindo que os críticos leiam um trecho do Evangelho de Lucas para melhor compreensão. A imagem em questão foi compartilhada na Sexta-Feira Santa, feriado religioso que representa a morte e crucificação de Jesus.

O deputado estadual bolsonarista Danilo Balas (PL-SP). Foto: Divulgação
O deputado estadual bolsonarista Danilo Balas (PL-SP). Foto: Divulgação

Críticas Bolsonaristas

Políticos alinhados ao presidente Jair Bolsonaro, como os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carla Zambelli (PL-SP), atacaram o MTST após a divulgação da imagem. Alguns bolsonaristas acusam o movimento de tentar retratar Jesus como um criminoso, gerando uma onda de críticas e debates sobre liberdade de expressão e interpretação de símbolos religiosos.

Danilo Balas e sua postura Cristã

Vale lembrar que em 2015, a Polícia Federal determinou a punição para o então agente Danilo Mascarenhas Balas, que utilizou uma caricatura da presidente Dilma Rousseff como alvo de treinamento de tiro. A punição foi de quatro dias de suspensão em decorrência do incidente, que gerou repercussão negativa.

Danilo Mascarenhas Balas postou imagem da caricatura da presidente cravejada de balas Foto: Reprodução Facebook
Danilo Mascarenhas Balas postou imagem da caricatura da presidente cravejada de balas Foto: Reprodução Facebook

O que você precisa saber

  • Danilo Mascarenhas Balas, agente da Polícia Federal, foi punido com quatro dias de suspensão após utilizar uma caricatura de Dilma Rousseff como alvo de treinamento de tiro.
  • A publicação da imagem ocorreu no Facebook em 25 de abril de 2014, acompanhada da legenda “assim fica fácil treinar. rs”.
  • A PF inicialmente informou que o processo estava prescrito e que não haveria punição, mas após questionamentos, revisou a decisão e aplicou a suspensão.

O incidente ocorreu em 2014, quando Balas publicou a foto em um grupo do Facebook chamado “Polícia Federal do Brasil”. A legenda escolhida gerou controvérsia, levando à exclusão da imagem após a repercussão nas redes sociais.

Punição Aplicada

Apesar de a PF inicialmente afirmar que o processo disciplinar estava prescrito e que não haveria punição, após questionamentos, o órgão revisou a decisão. O agente foi suspenso por quatro dias, conforme determinado pelo superintendente da Polícia Federal em São Paulo, Roberto Troncon, e pelo diretor-geral da PF, Leandro Daiello Coimbra.

Pressão nos Bastidores

Nos bastidores, houve pressão para que o agente fosse punido, evitando que o incidente fosse interpretado como uma afronta da PF ao Palácio do Planalto. A provocação de Balas foi considerada séria demais por algumas fontes, levando à decisão de aplicar a suspensão como medida disciplinar.