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Bolsonaro acusa PF de tentar “esculachar” sua família

PF faz buscas na casa de Bolsonaro em Angra após operação contra “Abin Paralela”

Jair Bolsonaro e os filhos em live. Foto: reprodução
Jair Bolsonaro e os filhos em live - Foto: reprodução

A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (29).

A operação investiga um suposto esquema ilegal de espionagem pela Abin, a Agência Brasileira de Inteligência.

“Querem me esculachar, me fazer passar por constrangimento”, afirmou Bolsonaro, em entrevista à coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.

Bolsonaro disse ainda que a intenção seria encontrar algo que o envolvesse em algum crime. Ele negou qualquer envolvimento com a suposta “Abin Paralela” mencionada na investigação.

“Estão jogando rede, pescando em piscina. Não tem peixe”, declarou Bolsonaro, reforçando a ideia de que a operação teria motivações políticas.

O que você precisa saber:

  • A PF cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.
  • A operação investiga um suposto esquema ilegal de espionagem pela Abin, a Agência Brasileira de Inteligência.
  • O ex-presidente acusou a PF de tentar “esculachar” sua família.

A PF chegou à residência de Bolsonaro por volta das 7h da manhã. O ex-presidente e seus filhos, Carlos e Flávio, estavam em alto mar e só foram informados sobre a operação por volta das 8h, quando retornaram à casa.

A ação da PF não se limitou à residência em Angra dos Reis. O gabinete do vereador Carlos Bolsonaro e uma residência no Rio de Janeiro também foram alvos, além de mandados cumpridos em Formosa (GO) e Salvador (BA).

Na live de domingo (28), Bolsonaro negou a existência de uma “Abin Paralela” e chamou Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, de “cara fantástico”. A investigação apura se a Abin teria espionado ilegalmente adversários políticos da família Bolsonaro, utilizando o software espião First Mile.

A PF afirma que as medidas desta segunda-feira visam “avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin”.

A operação ocorre como desdobramento da operação Vigilância Aproximada, deflagrada em outubro de 2023, que investiga o uso do software de geolocalização e a produção de relatórios sobre ministros do STF e políticos adversários do ex-presidente