Dupla Culpa

Tribunal Penal Internacional pede prisão de líderes de Israel e Hamas

Promotor-Chefe Acusa Netanyahu e Sinwar de Crimes de Guerra e Contra a Humanidade

Benjamin Netanyahu e Yahya Sinwar. Foto: reprodução
Benjamin Netanyahu e Yahya Sinwar. Foto: reprodução

Haia – O promotor-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, solicitou à corte que emita mandados de prisão contra o líder do Hamas, Yahya Sinwar, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por acusações de crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

O que você precisa saber

  • Solicitação de Mandados: Pedido inclui Benjamin Netanyahu, Yahya Sinwar, e outras figuras de destaque.
  • Acusações: Crimes de guerra, extermínio, e impedimento de ajuda humanitária.
  • Próximos Passos: Painel de juízes avaliará a emissão dos mandados.

Declaração de Karim Khan

Em entrevista à Christiane Amanpour, da CNN, nesta segunda-feira (20), Karim Khan afirmou que também busca mandados para o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, e outros dois líderes de alto escalão do Hamas: Mohammed Deif e Ismail Haniyeh.

Processo de Avaliação

Um painel de juízes agora avaliará o pedido do promotor para decidir se a corte emitirá uma ordem internacional de prisão. Este é o primeiro caso concreto de ação legal contra um aliado do governo americano desde a criação da corte, há pouco mais de 20 anos. No início do ano, a Corte Internacional de Justiça já havia ordenado Israel a tomar medidas para evitar um genocídio em Gaza.

Acusações Detalhadas

Yahya Sinwar, Mohammed Deif e Ismail Haniyeh são acusados de extermínio, assassinato, fazer reféns e estupro em prisões. A procuradoria do TPI também apontou suspeitas similares sobre crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

Benjamin Netanyahu e Yoav Gallant são acusados de causar extermínio, usar a fome como método de guerra e impedir a ajuda humanitária. Segundo o promotor-geral, os crimes contra a humanidade foram cometidos como parte de um ataque sistemático contra a população civil palestina, de acordo com a política do Estado.

Declaração do Promotor-Geral

Karim Khan afirmou: “Esses crimes, em nossa avaliação, continuam até hoje. Israel privou intencional e sistematicamente a população civil em todas as partes de Gaza de objetos indispensáveis à sobrevivência humana.”