Tribunal emite decisão contra ordem de Biden de tornar vacinação obrigatória

Washington, 6 nov (EFE).- Um tribunal dos Estados Unidos emitiu neste sábado uma decisão contra a ordem do presidente americano, Joe Biden, de tornar obrigatória a vacinação contra a Covid-19 para empresas com mais de 100 funcionários.

A decisão foi emitida pelo Tribunal de Recursos da Quinta Circunscrição de Nova Orleans e vem em resposta a um pedido feito na noite desta sexta-feira várias empresas e um grupo de estados conservadores liderados pelo Texas.

Na decisão de três páginas, o tribunal diz que existem sérios problemas constitucionais com a regra de Biden e, como tal, considera necessário bloqueá-la temporariamente enquanto se aguarda nova revisão.

Dos três juízes que tomaram a decisão, dois foram nomeados pelo predecessor de Biden, o republicano Donald Trump (2017-2021). No Twitter, o procurador-geral do Texas, Ken Paxton, um republicano, escreveu em caixa alta: “VENCEMOS”. “Esta luta não acabou e nunca deixaremos de resistir ao alcance inconstitucional desta administração”, destacou Paxton.

A reação contra Biden vem apenas dois dias depois que sua administração anunciou que as empresas privadas com mais de 100 funcionários terão de garantir que seus trabalhadores sejam vacinados contra a Covid-19 a partir de 4 de janeiro. Se não quiserem ser imunizados, os trabalhadores dessas grandes companhias terão que se submeter a testes semanais e também usar máscaras o tempo todo.

A medida é, até agora, a mais significativa anunciada pelo chefe de governo para combater a pandemia, já que poderia afetar até 84 milhões de trabalhadores do setor privado, de acordo com estimativas da Casa Branca.

Biden anunciou sua intenção de tornar a vacinação obrigatória em setembro, mas foi somente nesta semana que a Administração de Segurança e Saúde Ocupacional do Departamento do Trabalho deu diretrizes claras sobre como implementá-la.

Cerca de 70% da população adulta nos EUA já tem o regime vacinal completo, um número que aumentou nos últimos meses desde que o governo começou a pressionar as empresas a forçar seus trabalhadores a tomarem injeção. EFE