Tragédia no Irã

Presidente do Irã morre em queda de helicóptero

Ebrahim Raisi e Outras Autoridades Não Sobrevivem ao Acidente

Presidente do Irã, Ebrahim Raisi. (Foto: Reprodução)
Presidente do Irã, Ebrahim Raisi. (Foto: Reprodução)

Teerã – O presidente iraniano Ebrahim Raisi, de 63 anos, morreu devido à queda de um helicóptero, conforme informado pela TV estatal do Irã nesta segunda-feira (20). Raisi, eleito em 2021, era a segunda figura mais importante do país, atrás apenas do aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã.

O que você precisa saber

  • Acidente Fatal: Helicóptero caiu em uma área montanhosa no Azerbaijão Oriental.
  • Mortes Confirmadas: Além de Raisi, o chanceler Hossein Amirabdollahian também faleceu.
  • Outras Vítimas: O governador Malek Rahmati e o líder religioso Hojjatoleslam Al Hashem estavam a bordo.
  • Causas do Acidente: Condições climáticas adversas.
  • Resgate: Destroços encontrados após 12 horas.

Detalhes do Acidente

O helicóptero que transportava Ebrahim Raisi e outras autoridades caiu em uma área montanhosa entre as aldeias de Pir Davood e Uzi, na província de Azerbaijão Oriental, cerca de 600 quilômetros a noroeste de Teerã. As más condições climáticas contribuíram para o acidente. A bordo, estavam também o chanceler Hossein Amirabdollahian, o governador Malek Rahmati e o líder religioso Hojjatoleslam Al Hashem. As mortes de Rahmati e Al Hashem não foram confirmadas oficialmente, mas a imprensa relata que não havia sobreviventes no local.

Operação de Resgate

A queda ocorreu por volta das 13h (horário local, 6h em Brasília), mas os destroços só foram encontrados cerca de 12 horas depois, devido às dificuldades de acesso e ao mau tempo. Os membros do Crescente Vermelho iraniano, auxiliados por um drone turco que detectou sinais de calor, localizaram a aeronave na madrugada desta segunda-feira (20).

Impacto Político e Histórico

Ebrahim Raisi foi eleito em 2021 para um mandato de quatro anos. Sua eleição foi marcada por alta abstenção e pela exclusão de vários concorrentes, incluindo o ex-presidente Mahmoud Ahmadinejad. Nos anos 1980, Raisi participou das “comissões da morte”, responsáveis pela execução de cerca de 5.000 opositores do regime, o que levou a sanções dos EUA contra ele em 2019.

Em 2022, sob o governo de Raisi, o Irã reprimiu violentamente protestos desencadeados pela morte de Mahsa Amini, resultando em mais de 500 manifestantes mortos. Raisi afirmou na época que o Irã deveria “agir de forma decisiva contra aqueles que ameaçam a segurança e tranquilidade do país”.

Contexto Internacional

O Irã enfrentava uma escalada de tensões com Israel, incluindo ataques mútuos em abril de 2023. A morte de Raisi pode intensificar ainda mais a disputa pelo poder no Irã e afetar a estabilidade regional.