Justiça espanhola aceita extraditar ex-guarda-costas de Chávez aos EUA

Madri, 10 nov (EFE).- A Audiência Nacional da Espanha autorizou a extradição de Adrián Velásquez, ex-guarda-costas do ex-presidente da venezuelano Hugo Chávez aos Estados Unidos, onde ele é acusado de lavagem de dinheiro, crime que nega ter cometido.

A extradição de Velásquez segue a da esposa, a ex-tesoureira nacional da Venezuela, Claudia Patricia Díaz Guillén, extraditada pela Audiencia Nacional em 15 de outubro, também solicitada pelos Estados Unidos por supostamente ter favorecido o empresário Raúl Gorrín em esquema de câmbio de divisas com o qual teria faturado milhões de dólares.

Na ordem que endossa a entrega de Velásquez, divulgada nesta quarta-feira, o tribunal considera que os fatos pelos quais ambos são acusados nos EUA têm equivalentes na Espanha, são puníveis com mais de um ano de prisão e não estão prescritos, motivo pelo qual os requisitos para a extradição estão cumpridos.

De acordo com o pedido de extradição do Tribunal do Distrito Sul da Flórida, de 2008 a 2017 o empresário Gorrín e o casal Velasquez e Díaz se envolveram em um esquema de corrupção relacionado com a troca de moeda estrangeira para o governo venezuelano.

As autoridades suspeitam que Gorrín pagou centenas de milhões de dólares em propinas para garantir o direito de participar em transações cambiais estrangeiras.

A partir de 2011, segundo as autoridades, Gorrín ofereceu, prometeu, autorizou e pagou propinas à então tesoureira, inclusive através do seu marido, para participar do câmbio para o governo venezuelano.

Além das propinas pagas através de transferências eletrônicas em benefício do casal, explica o pedido de extradição dos EUA, Gorrín também comprou e pagou bens e artigos de luxo para ambos. EFE