Indícios de Profanação

Israel é acusado de roubar órgãos em Gaza

Monitor de Direitos Humanos pede inquérito internacional sobre a alegada prática durante conflitos.

Palestinos reúnem os corpos das vítimas dos bombardeios israelenses a Khan Yunis, na Faixa de Gaza, em 23 de novembro de 2023 [Ahmad Hasaballah/Getty Images]
Palestinos reúnem os corpos das vítimas dos bombardeios israelenses a Khan Yunis, na Faixa de Gaza, em 23 de novembro de 2023 [Ahmad Hasaballah/Getty Images]

Após apelos do Monitor de Direitos Humanos Euromediterrâneo, indícios perturbadores emergiram, sugerindo que tropas israelenses estariam coletando órgãos de palestinos mortos durante o genocídio em Gaza.

A organização documentou a apreensão de corpos nos hospitais e relatos de profissionais de saúde corroboram a denúncia, levantando sérias preocupações sobre a violação dos direitos humanos em meio ao conflito.

O que você precisa saber:

  • Tropas israelenses são acusadas de coletar órgãos de palestinos mortos em Gaza.
  • Monitor Euromediterrâneo exige uma investigação internacional independente.
  • Profissionais de saúde alertam para a intensidade dos bombardeios israelenses impossibilitando autópsias completas.

A Apreensão nos Hospitais: O Monitor de Direitos Humanos Euromediterrâneo destaca a apreensão de dezenas de corpos nos hospitais de Gaza, incluindo o Hospital al-Shifa e o Hospital Indonésio. Corpos na estrada Salah al-Din e covas nas proximidades de al-Shifa também foram alvo de profanação, evidenciando uma situação humanitária crítica.

Negligência e Tráfico de Órgãos: Profissionais de saúde em Gaza levantam a possibilidade de que o bombardeio israelense pode servir para encobrir o tráfico de órgãos, dada a dificuldade em provar tais crimes. Mesmo com dezenas de mortos entregues à Cruz Vermelha, outros permanecem sob custódia da ocupação, levantando suspeitas sobre a remoção de órgãos vitais.

Histórico de Retenção de Corpos: Israel tem um histórico de retenção de corpos palestinos, com muitos ainda retidos em mortuários e “cemitérios de números”. A legalização dessa prática, somada a leis aprovadas em 2021, permite que o exército e a polícia mantenham a custódia de palestinos após a morte.

Violando o Direito Internacional: A Quarta Convenção de Genebra reitera a ilegalidade da mutilação dos corpos, enquanto o Monitor Euromediterrâneo destaca que a recusa em entregar os corpos às famílias equivale a punição coletiva, configurando crime de guerra.