EUA estudam criar centro de fabricação de vacinas para a América Latina

Washington, 8 nov (EFE).- Os Estados Unidos consideram ajudar a criar um centro de fabricação de vacinas para a América Latina e querem apoiar um projeto para fazer o mesmo na África Ocidental.

Esses projetos podem fazer parte de um plano de infraestrutura dos EUA para contrabalançar o avanço da China, que será chamado “Build back better for the world” (“Reconstruir melhor para o mundo”, em tradução livre).

Em entrevista coletiva telefônica para um pequeno grupo de jornalistas, incluindo da Agência Efe, um funcionário graduado do governo americano deu pistas sobre os projetos que a Casa Branca está considerando financiar em América Latina, Caribe, África e Pacífico sob a iniciativa, que tem o apoio do G7.

“Há vários projetos em matéria de energia solar, hidrelétrica e geotérmica (que podem sair do papel), e temos tido muitas conversas, tanto no Equador como na Colômbia, sobre a possibilidade de criar um centro de fabricação de vacinas para a América Latina”, disse.

O funcionário, que pediu anonimato, não explicou como funcionaria um centro de fabricação em potencial, mas explicou que isso foi discutido durante uma viagem de Daleep Singh, vice-conselheiro de segurança nacional do presidente Joe Biden, no final de setembro.

Singh visitou Colômbia, Equador e Panamá para ouvir as ideias dos líderes desses países e começar a moldar o plano da Casa Branca. Na semana passada, ele também foi a Senegal e Gana com o mesmo objetivo.

“Em cada um dos cinco países que visitamos até agora, saímos com pelo menos dez projetos (que podem ser desenvolvidos sob a nova iniciativa)”, afirmou.

Isso “não significa que 50 projetos serão lançados nesses cinco países em janeiro”, mas sim que a lista provavelmente será reduzida, e os EUA lançarão sua nova iniciativa com “entre cinco e dez projetos que servirão de teste” do que a iniciativa pode representar, acrescentou a fonte.

Os planos iniciais da iniciativa serão formalmente decididos em uma reunião do G7 em dezembro, quando o Reino Unido entregará a presidência rotativa do grupo à Alemanha, ainda segundo o funcionário americano. EFE