Chanceler da Venezuela pede fim da política de sanções e acusações dos EUA

Moscou, 9 nov (EFE).- O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Félix Plasencia, afirmou nesta terça-feira que os Estados Unidos devem “desmontar” a política de sanções e acusações contra o governo do país sul-americano, que busca estabelecer laços amigáveis com Washington.

“O governo da Venezuela almeja ter relações com o governo dos EUA como iguais. O presidente Nicolás Maduro parabenizou a vitória do presidente (Joe) Biden”, afirmou o chanceler, durante uma entrevista coletiva realizada em Moscou, organizada por um clube de debates local.

Plasencia garantiu que Caracas não julga a decisão da população americana eleger um presidente ou outro, por isso, exige “o mesmo respeito de qualquer país sobre a Venezuela, especialmente neste caso, do governo dos EUA”.

“Nós estamos empenhados em ter boas relações com qualquer governo e desejamos tê-las sempre baseadas no respeito à soberania e a um tratamento entre iguais”, garantiu o chanceler.

“Se desejamos ter uma melhor relação com o governo do presidente Biden? Claro que sim. Claro que gostaríamos de ter a melhor relação com o governo dos Estados Unidos”, completou Plasencia.

O ministro, garantiu que, para isso, é exigido que os EUA desmontem “todo esse roteiro de sanções, decretos, declarações sobre a Venezuela, como ameaça para que possamos nos entender melhor e avançar para um futuro que será melhor para todos na região”.

Plasencia destacou que o governo do país sul-americano “não persegue, não sanciona e não acusa nenhuma autoridade dos EUA”.

O chanceler ainda lembrou que os dois países são vizinhos, e que os Estados Unidos, durante muito tempo, foi o principal parceiro comercial da Venezuela e reforçou o desejo de Maduro de estabelecer laços com o governo de Biden.

“Há poucas semanas, na Assembleia Geral da ONU, estávamos sentados a poucos lugares dos EUA. Nós participamos como iguais. Não há nenhuma razão para que nos enxerguemos de maneira diferente”, concluiu. EFE

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