Professora que beijou aluno em Praia Grande pode responder por assédio sexual

Segundo Leonardo Pantaleão, especialista em Direito e Processo Penal e sócio do Pantaleão Sociedade de Advogados, é relevante que o aluno tenha 14 anos completos

Leonardo Pantaleão Divulgação
Leonardo Pantaleão Divulgação

Uma professora de artes, da escola municipal Vereador Felipe Avelino Moraes, em Praia Grande, litoral de São Paulo, de 25 anos, foi demitida após admitir a uma de suas alunas, por mensagens de texto, que beijou um estudante de 14 anos, do 9º ano do ensino fundamental.

Nas mensagens trocadas com a aluna, a professora contou que encontrou o estudante e um amigo na rua. Depois, eles foram ao mercado, e ele a levou para casa. “Eles me trouxeram para casa. Aí, aconteceu”, conta ela nas mensagens. A docente foi denunciada à diretoria da escola pela mãe da aluna para quem enviou as mensagens.

Segundo Leonardo Pantaleão, especialista em Direito e Processo Penal e sócio do Pantaleão Sociedade de Advogados, é relevante que o aluno tenha 14 anos completos, pois se tivesse praticado qualquer ato libidinoso com menor de 14 anos, independentemente de ter praticado relação sexual, já estaria caracterizado o crime de estupro de vulnerável.

Como, no caso, o aluno já completou 14 anos, e não houve violência ou grave ameaça, Pantaleão explica que a professora poderá responder pelo crime de assédio sexual, porque há entendimento dos tribunais superiores brasileiros no sentido de que relações entre professores e alunos podem configurar abuso da posição de hierarquia.

Depois que os outros alunos tomaram conhecimento da divulgação do caso, a aluna que recebeu as mensagens da professora e seu melhor amigo passaram a receber ameaças de outros colegas. Esse acabou sendo efetivamente agredido por três alunos, sendo um deles o que teria beijado a professora. O jovem agredido chegou a ser hospitalizado.

Por serem menores de idade, os adolescentes não praticam crime e sim atos infracionais, equiparados a lesão corporal, de acordo com Estatuto da Criança e do Adolescente, pontua Pantaleão. Seria preciso também analisar o estado de saúde da vítima para enquadrar como lesão corporal leve, grave ou gravíssima

Entenda o Caso

Uma professora de artes foi demitida de uma escola municipal em Praia Grande, São Paulo, após beijar um aluno de 14 anos do 9º ano. O incidente desencadeou uma série de eventos, incluindo ameaças, agressões e até internação hospitalar do jovem agredido. O caso agora está sob investigação policial.

O que você precisa saber:

  • Professora demitida após beijar aluno de 14 anos.
  • Agressões e ameaças ocorrem após a divulgação do caso.
  • Jovem agredido hospitalizado com hematoma interno.

Troca de Mensagens Comprometedoras:

  • Professora relata encontro com aluno e amigo, seguido do beijo.
  • Troca de mensagens revela intenção da docente em “transar com ele”.

Ameaças, Agressões e Internação:

  • Mãe da aluna que recebeu mensagens denuncia professora à escola.
  • Aluno e amiga enfrentam ameaças, resultando em agressões.
  • Jovem agredido hospitalizado com hematoma interno.

Posicionamento da Prefeitura:

  • Professora demitida por má conduta.
  • Caso reportado ao conselho tutelar.

Possível Crime de Assédio Sexual:

  • Advogado sugere apuração do crime de assédio, se configurado.

Mobilização da Guarda Civil Municipal:

  • Guarda Civil Municipal acionada após ameaças.
  • Registro de ocorrência por ameaça no 3º Distrito Policial.

Repercussão na Comunidade Escolar:

  • Diretoria da escola permitiu acesso da professora à denunciante, desencadeando ameaças e agressões.
  • Mães acionam GCM e registram boletim de ocorrência.

Internação e Novas Ações:

  • Jovem agredido hospitalizado com hematoma interno.
  • Advogado do agredido planeja denúncia no Ministério Público.

Posicionamento da Polícia Civil:

  • Caso registrado no 3º DP de Praia Grande.
  • Investigação em andamento para esclarecer os fatos