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Justiça bloqueia R$ 101 milhões da Blaze

Premiação não teria sido paga a apostadores, e plataforma teria sede em paraíso fiscal

Juju Ferrari fez publicidade da Blaze no Instagram - Foto: Reprodução TV Globo
Juju Ferrari fez publicidade da Blaze no Instagram - Foto: Reprodução TV Globo

A polícia de São Paulo investiga a Blaze, plataforma digital que oferece o jogo do Aviãozinho, por suspeita de estelionato.

A Justiça bloqueou R$ 101 milhões da empresa, que tem sede em Curaçao.

O que você precisa saber:

  • A Blaze é investigada por suspeita de estelionato.
  • A polícia afirma que a empresa não paga prêmios mais altos.
  • A plataforma tem sede em Curaçao, um paraíso fiscal.
  • Influenciadores digitais também estão sendo investigados.

Detalhes:

O jogo do Aviãozinho é um dos principais jogos oferecidos pela Blaze. Nele, o valor do prêmio aumenta conforme o avião voa, e o apostador deve decidir quando encerrar o voo para evitar a palavra “Crashed” e perder a aposta.

A polícia de São Paulo iniciou a investigação após apostadores denunciarem que prêmios mais altos não estavam sendo pagos pela plataforma. Algumas vítimas compartilharam experiências de manipulação e dificuldades para sacar os prêmios.

Na mesma decisão que bloqueou R$ 101 milhões da Blaze, a Justiça determinou que o site fosse retirado do ar, mas a ordem não teve efeito. A Blaze, que não possui sede ou representantes legais no Brasil, continua operando com diferentes endereços eletrônicos.

Blaze - Reprodução TV Globo
Blaze – Reprodução TV Globo

Relatórios financeiros indicam que parte do dinheiro arrecadado pela Blaze é destinada a três brasileiros, supostos donos ocultos da empresa, de acordo com a polícia.

Os advogados contratados pela Blaze alegam que a empresa tem sede em Curaçao, argumentando que sua atividade não configura infração penal, mesmo com apostadores brasileiros.

Eles citam um caso semelhante em que o Ministério Público de SP pediu o arquivamento do inquérito, e um juiz revogou a decisão de bloqueio do site.

Todos os influenciadores destacados na reportagem estão sendo investigados e foram contatados pelo Fantástico. Viih Tube afirmou que, ao tomar conhecimento das denúncias, solicitou o encerramento do contrato com a Blaze.

Juju Ferrari afirmou que não divulga mais a Blaze e que sua relação era apenas de publicidade. A assessoria de Jon Vlogs mencionou que ele tem contrato com a Blaze desde 2021, sendo exclusivamente um influenciador, sem participação acionária. Não houve retorno de contato de Rico Melquiades, MC Kauan, Mel Maia e Juju Salimeni.