APROVADO

Flávio Dino é aprovado pelo Senado para o STF

Ministro da Justiça terá mandato de até duas décadas

Flávio Dino - Foto: Ag. Brasil
Flávio Dino - Foto: Ag. Brasil

O ministro da Justiça, Flávio Dino, foi aprovado pelo Senado nesta quarta-feira (13) para ocupar uma das 11 vagas no Supremo Tribunal Federal (STF). Dino, de 55 anos, possui experiência como juiz federal e ingressou na política desde cedo.

O que você precisa saber:

  • Flávio Dino foi aprovado pelo Senado para o STF.
  • Dino é ministro da Justiça e possui experiência como juiz federal.
  • Dino ingressou na política desde cedo e ocupou cargos como governador do Maranhão, deputado federal e presidente da Embratur.

Dino iniciou sua carreira política no movimento estudantil maranhense após filiação ao PT em 1987. Tornou-se juiz federal aos 26 anos, ocupando o cargo entre 1994 e 2006. Durante esse período, presidiu a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) entre 2000 e 2002 e foi o primeiro secretário-geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Com filiação ao PCdoB em 2006, Dino foi eleito deputado federal no mesmo ano. Apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) sugerindo mandato de 11 anos para ministros do STF. Em 2011, assumiu a presidência da Embratur durante o governo de Dilma Rousseff.

Eleito governador do Maranhão em 2014 e reeleito em 2018, Dino foi um opositor da família Sarney no estado. Deixou o cargo antecipadamente em 2022 para concorrer ao Senado e, ao assumir como ministro da Justiça, enfrentou desafios na segurança pública, incluindo crises na Bahia e no Rio de Janeiro.

Sua gestão também esteve envolvida nas investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco. Dino deixou o governo para se tornar ministro da Justiça, lidando com a pressão do PT por não deixar uma “marca” na Segurança Pública.

A indicação de Dino para o STF gerou debates, especialmente devido à pressão por uma indicação feminina. No entanto, sua escolha foi sinalizada por Lula durante encontro com ministros do STF. Dino, que possui proximidade com Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, poderá permanecer no STF por até duas décadas.