Na Mesma

STF suspende decisão que destituiu Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF

Ministro Gilmar Mendes atendeu pedido do PcdoB e evitou sanções da Fifa

Gilmar Mendes determina retorno de Ednaldo Rodrigues ao comando da CBF
Gilmar Mendes determina retorno de Ednaldo Rodrigues ao comando da CBF - Foto: Lucas Figueiredo

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nesta quinta-feira (4) a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) que destituiu Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

O que você precisa saber:

  • O STF suspendeu a decisão do TJRJ que destituiu Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF.
  • A decisão foi tomada em caráter liminar, atendendo a um pedido do Partido Comunista do Brasil (PcdoB).
  • O ministro Gilmar Mendes entendeu que havia risco de sanções da Fifa contra o Brasil.

A decisão do STF atendeu a um pedido do Partido Comunista do Brasil (PcdoB), que ingressou com ação direta de inconstitucionalidade (ADI) no STF na semana passada, questionando a decisão do TJRJ que retirou Rodrigues do posto. Além disso, o PcdoB argumentou que havia “risco iminente de não inscrição da seleção brasileira Sub 23 no torneio pré-olímpico, cujo prazo termina nesta sexta (5).

Na decisão liminar, Gilmar Mendes, relator do caso, ressalta que a Fifa, entidade máxima que regula o futebol no mundo, encaminhou sucessivos ofícios ao Brasil afirmando não reconhecer como legítimo o interventor indicado pelo TJRJ para a CBF, José Perdiz, presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O ministro reitera ainda o risco de a seleção olímpica masculina perder o Pré-olímpico.

“Nessa situação, há risco de prejuízo iminente, uma vez que a inscrição de jogadores da seleção brasileira no torneio qualificatório para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, que deve ser ultimada até amanhã (5), restaria inviabilizada”.

Antes de conceder a liminar, Gilmar Mendes também considerou as manifestações feitas na manhã de hoje (4) pelo Procurador-Geral da República (PGR), Paulo Gonet Branco, e pela Advocacia Geral da União (AGU). Ambos defenderam a suspensão da decisão do TJRJ que retirou Rodrigues do comando da CBF.

A decisão liminar do STF é válida por 15 dias, mas pode ser prorrogada. O caso ainda será julgado pelo plenário do STF.