Chegada de Dorival Junior marcou arrancada do Flamengo para o título

À exceção de estaduais, o treinador amargava 11 anos sem um título relevante. Pois bastou ele ter o qualificado elenco do Flamengo sob sua batuta para quebrar essa escrita

Dorival Junior sempre foi um técnico com bom cartaz entre os clubes da Série A, reconhecido pela seriedade do trabalho e pela eficiência que impõe em suas equipes. Mas isso poucas vezes se refletiu em conquistas. À exceção de estaduais, o treinador amargava 11 anos sem um título relevante. Pois bastou ele ter o qualificado elenco do Flamengo sob sua batuta para quebrar essa escrita.

A conquista da Copa do Brasil diante do Corinthians, nessa quarta-feira, passou muito pelas mãos de Dorival Junior. O treinador assumiu o Flamengo no início de junho, após a decepcionante passagem do português Paulo Sousa pela Gávea, e fez o simples. Escalou os melhores jogadores em suas devidas posições, rodou a equipe e deixou todo o elenco a postos. Assim, eventuais desfalques passaram a ser apenas ausências temporárias que não afetaram o modo de o time agir. Tanto é assim que a ausência do volante João Gomes na finalíssima nem foi sentida pelos rubro-negros.

É verdade que Dorival Junior meio que separou o elenco em duas equipes. Uma delas, a com os considerados titulares, virou “o time das Copas”, seja a do Brasil ou a Libertadores. A outra foi usada nesta reta final do Brasileirão. Mas não dá para chamar exatamente de reserva um time que tem Vidal e Everton Cebolinha.

Independentemente da nomenclatura, o Flamengo de Dorival Junior impôs um jeito de jogar, e muito graças ao tato do treinador. Com ele, Everton Ribeiro voltou a se destacar no meio-campo e Pedro conheceu sua fase mais artilheira.

Também é verdade que o Flamengo de Dorival Junior nunca foi exatamente brilhante; pelo contrário, muitas vezes foi capaz até mesmo de arrancar algumas vaias no Maracanã. Mas o time foi, desde sempre, o que se espera de um elenco milionário, montado por seus cartolas para vencer: foi competitivo, impositivo e capaz de ser mortal ao menor erro. Foi assim contra o Athletico na Arena da Baixada, nas quartas de final; foi assim diante do São Paulo, nos dois jogos semifinais. E foi assim nessa quarta-feira, diante do Corinthians no Maracanã