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Rio de Janeiro cria mais de 160 mil vagas de emprego em 2023 e segue em alta

Mercado aquecido na Cidade Maravilhosa é um retrato do momento do país ainda sob efeito da pós-pandemia

Rio de Janeiro (Créditos: iStock/ luoman)
Rio de Janeiro (Créditos: iStock/ luoman)

Com uma taxa de desemprego entre as menores dos últimos dez anos, segundo o IBGE, devido à recuperação pós-pandemia, os 7,8 pontos percentuais registrados ao fim do primeiro trimestre do ano apontam para uma economia brasileira mais aquecida e capaz de absorver mais trabalhadores com carteira assinada.

Com um salário médio admissional de cerca de R$ 2.037, os setores de serviços, comércio e construção seguem sendo os carros-chefe do crescimento na oferta de vagas, sendo o Sudeste a região que mais gera empregos. Para além de São Paulo, o Rio não fica muito atrás. O estado terminou o ano de 2023 com o saldo positivo de mais de 160 mil empregos, segundo os dados do novo Caged.

A capital, a cidade do Rio de Janeiro, foi a que mais gerou no estado: quase 7 vezes mais que a cidade em segundo lugar, a cidade de Magé, seguida então por Macaé, Itaboraí e Duque de Caxias. De acordo com análise da Firjan, a indústria também desempenhou bom papel no estado, bem como a administração pública e o setor de educação, devido a volta às aulas.

Quem procura uma chance na Cidade Maravilhosa deve estar atento aos desafios, contudo. Um bom estudo das vagas ofertadas e dos bairros próximos às principais oportunidades de emprego deve preceder uma eventual mudança para a capital fluminense. Cidade com uma população de quase 7 milhões de habitantes, embora seja menor que São Paulo, possui custo de vida bastante aproximado.

E embora seja comumente relacionada ao turismo, devido à sua beleza e ao forte apelo histórico e cultural, a cidade é sede de várias empresas importantes dos mais diferentes ramos. Por essa razão, é possível pleitear vagas para as mais diferentes áreas. Tecnologia e saúde, por exemplo, são áreas promissoras para Hulisses Dias, especialista em finanças, assim como a área de geração de energia limpa.

Para Dias, o principal motivo são “as vantagens naturais, como o litoral com 636 km e mais de 300 mil km² de mar”. Além disso, a cidade é a primeira da América Latina a usar energia renovável em órgãos públicos, exemplo que deve ser seguido pela indústria, aumentando ainda mais a expectativa para o crescimento desta área.

Por consequência, tal crescimento é seguido por uma demanda maior por profissionais de recursos humanos. Logo, há um crescimento também na busca por esses trabalhadores, principalmente por aqueles mais capacitados e aptos a trabalhar com softwares de gestão de pessoas, por exemplo.

Entretanto, a cidade também sofre com questões estruturais como trânsito, poluição e desigualdade social. Ainda assim, mesmo com as dificuldades, oferece boa qualidade de vida. Profissionais que desejam aproveitar a boa onda de empregos na cidade podem se deparar com alguns desses problemas, tão conhecidos pelos cidadãos do país todo.