Pega na Mentira

O Mito, a Mitomania e as Fake News Bolsonaristas

A compulsão bolsonarista por desinformação em tempos de crise e sua ligação com o transtorno psicológico da mitomania, o oportunismo e a crueldade.

O Mito, a Mitomania e as Fake News Bolsonaristas
O Mito, a Mitomania e as Fake News Bolsonaristas

A recente tragédia das inundações no Rio Grande do Sul revelou um fenômeno perturbador: a proliferação desenfreada de fake news por parte de apoiadores Jair Bolsonaro, os Bolsonaristas.

Em momentos de crise, a desinformação pode ser tão devastadora quanto o próprio desastre natural. Mas o que leva um segmento da população a disseminar notícias falsas com tanta intensidade? Para responder a essa pergunta, é necessário explorar o conceito de mitomania e entender a compulsão de alguns grupos políticos em espalhar inverdades.

A mitomania, ou pseudologia fantástica, é um transtorno psicológico caracterizado pela tendência compulsiva de mentir e criar histórias fantasiosas. Essa compulsão pode ser motivada por uma necessidade de atenção, controle ou manipulação. No cenário político brasileiro, a mitomania encontra terreno fértil entre os seguidores mais fervorosos de Jair Bolsonaro, conhecidos como bolsonaristas. A figura do “mito”, como é chamado pelos seus apoiadores, sustenta-se em uma narrativa construída por uma série de inverdades e distorções da realidade.

Durante a calamidade no Rio Grande do Sul, essa tendência manifestou-se de forma alarmante. Notícias falsas inundaram as redes sociais, confundindo e prejudicando a tomada de decisões por parte dos afetados pela tragédia. Em um momento em que a precisão da informação é crucial para salvar vidas e coordenar esforços de socorro, a desinformação torna-se uma arma perigosa. Está sobrando para todo mundo, até mesmo para o exército brasileiro, que tem tentado minimizar os impactos das enchentes e para gente que está trabalhando para mostrar a realidade sombria em que encontra o povo gaúcho, como a Rede Globo de Televisão e seus colaboradores.

O jornalista William Bonner foi atacado verbalmente por um cidadão que criticou o trabalho da Globo, esquecendo-se de que se o Brasil hoje se une para ajudar o povo do sul, é porque os veículos de comunicação de massa levaram essas informações à população.

Há também o caso dos influencers de péssima influência como Pablo Marçal, que foi condenado em 2010 por ter participado de uma quadrilha que desviou dinheiro de bancos em 2005, e Renato Cariani, de 47 anos, é réu em um processo em que é acusado de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de capitais. Ou seja, não são criancinhas contando historinhas fantasiosas sobre o amigo imaginário, são adultos mentirosos e sem escrúpulos que tentam tirar algum tipo de proveito em meio ao caos.

Como se não bastasse, também há parlamentares atrapalhando o governo Federal contando inúmeras mentiras. Casos de Eduardo Bolsonaro, Nikolas Ferreira, Cleitinho e outros mentirosos costumzes.

A crise climática e a crise caráter que assola o mundo

Casos de fake news não são novidade no Brasil ou no mundo. Durante a pandemia de COVID-19, a disseminação de teorias conspiratórias e curas milagrosas sem comprovação científica colocou em risco a saúde pública. No cenário político, as fake news desempenharam um papel central na eleição de Donald Trump nos Estados Unidos em 2016, com alegações infundadas sobre fraudes eleitorais e conspirações internacionais. No Brasil, um dos casos mais notórios foi o escândalo das urnas eletrônicas, alimentado por teorias infundadas sobre a segurança do sistema eleitoral.

No contexto das inundações no Rio Grande do Sul, figuras proeminentes do bolsonarismo, incluindo Jair Bolsonaro e seus filhos, usaram a tragédia para atacar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, ignorando suas próprias omissões na gestão da crise. Essa estratégia é reminiscente das táticas de desinformação utilizadas pela extrema-direita global para desestabilizar governos e polarizar a sociedade.

A compulsão de espalhar fake news por parte dos bolsonaristas pode ser vista como uma extensão da mitomania, onde a criação de narrativas fantasiosas serve para reforçar uma visão distorcida da realidade. Esse comportamento não só prejudica a resposta a desastres, mas também mina a confiança nas instituições e no processo democrático.

A resistência à desinformação requer uma sociedade bem informada e crítica. É imperativo que as autoridades e a mídia atuem de forma coordenada para combater as fake news e promover a disseminação de informações verificadas e confiáveis. A educação midiática, que ensina as pessoas a identificar e questionar notícias falsas, é uma ferramenta essencial nesse combate.

Em suma, a enxurrada de fake news bolsonaristas sobre a tragédia no Rio Grande do Sul revela não apenas uma estratégia política de desinformação, mas também uma manifestação coletiva de mitomania. Combater essa tendência é crucial para garantir que, em tempos de crise, a verdade prevaleça e a solidariedade seja guiada pela realidade, não pela ficção.