Quatro policiais morreram e pelo menos seis ficaram feridos na megaoperação contra o Comando Vermelho (CV) que ocorre nos complexos do Alemão e da Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (28).
A ação reuniu cerca de 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar, com o acompanhamento de promotores do Ministério Público do Rio, e tem como foco 100 mandados de prisão e 150 de busca e apreensão contra chefes do tráfico em 26 comunidades da região.
Vítimas e policiais feridos
As vítimas fatais são:
- Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, 51 anos, conhecido como Máskara, recém-nomeado chefe de investigação da 53ª DP (Mesquita)
- Rodrigo Velloso Cabral, 34 anos, policial civil da 39ª DP (Pavuna)
- Cleiton Serafim Gonçalves, 40 anos, integrante do Bope
- Herbert, também militar do Bope
Além deles, um delegado da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) foi baleado e encontra-se em estado gravíssimo no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. Outros policiais sofreram ferimentos por tiros e estilhaços e foram atendidos em unidades de saúde próximas.
Nos confrontos, pelo menos 20 suspeitos ligados ao tráfico foram mortos. Foram apreendidos 76 fuzis, duas pistolas e nove motocicletas.
Confrontos e retaliações nas ruas
Criminosos reagiram com bloqueios e incêndios em vários pontos da cidade. A Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá, a Rua Dias da Cruz no Méier, e outras regiões importantes tiveram vias interditadas com barricadas feitas de carretas, ônibus e outros obstáculos. O sistema de transporte público sofreu impactos com desvios em mais de 100 linhas por toda a cidade, incluindo zonas como Anchieta, Cidade de Deus, e Engenho da Rainha.
Governador cobra apoio federal diante da escalada da violência
O governador Cláudio Castro (PL) admitiu que o estado está sobrecarregado no combate ao crime organizado e que a operação ultrapassou o limite da segurança pública, entrando no âmbito de um “estado de defesa”. Segundo ele, o Rio está “sozinho” na luta e necessita urgente de apoio federal em blindados e logística militar, reivindicações que estariam sendo negadas pela União repetidamente. Castro declarou:
“Essa operação de hoje tem muito pouco a ver com a Segurança Pública. É uma operação de Estado de Defesa. É uma guerra que está passando os limites de onde o Estado deveria estar sozinho defendendo. Para uma guerra dessa, que nada tem a ver com segurança urbana, deveríamos ter um apoio maior e até das Forças Armadas. (…) Não é só responsabilidade do Estado. O Rio está sozinho nessa guerra.”

 
			 
		 
		 
		 
		 
		

 
		 
		 
		 
		 
                                
                              
		 
		 
		 
		 
		 
		 
		 
		