Rio de Janeiro – Criminosos sequestraram ao menos sete ônibus na manhã desta quinta-feira (11), nas regiões da Pavuna e do Complexo da Maré, no Rio. Os veículos foram usados como barricadas para tentar impedir o avanço de uma operação da Polícia Militar contra o tráfico de drogas e o roubo de veículos.
As ações resultaram em bloqueios de vias, tiroteios e o fechamento de dezenas de escolas. Moradores relataram medo constante, tiroteios desde as primeiras horas do dia e paralisação no transporte público.
Ônibus bloqueiam ruas e assustam moradores
Os ônibus sequestrados pertencem às linhas 669 (Pavuna x Méier), 779 (Pavuna x Terminal Madureira) e 919 (Pavuna x Bonsucesso). Em alguns casos, os veículos foram queimados ou atravessados nas ruas como barreiras.
“Desde cedo escutamos tiros, helicópteros sobrevoando. Não conseguimos sair de casa, o medo é grande”, afirmou uma moradora do Chapadão, região de Costa Barros, onde também ocorreram confrontos.
Escolas fechadas e transporte paralisado
A Secretaria Municipal de Educação informou que duas escolas foram afetadas no Chapadão. Na Maré, 42 unidades suspenderam as aulas e outras seis interromperam o atendimento por questões de segurança.
Segundo a Rio Ônibus, 11 linhas que passam pela Pavuna tiveram o serviço interrompido ou gravemente afetado. A circulação de coletivos permanece irregular e não há previsão de normalização.
Megaoperação da Polícia Militar na Maré
No Complexo da Maré, a ofensiva acontece de forma simultânea em diversas comunidades:
- Vila do Pinheiro
- Vila do João
- Morro do Timbau
- Nova Maré
- Baixa do Sapateiro
- Salsa e Merengue
- Conjunto Esperança
A operação envolve equipes do Comando de Operações Especiais (COE), Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE) e 22º BPM (Maré).
Criminosos reagem com violência
Apesar da forte presença policial, grupos armados reagiram com ações violentas. O objetivo dos criminosos é impedir o avanço das forças de segurança pelas comunidades.
Táticas como o sequestro de veículos, uso de barricadas e confrontos armados dificultam as ações da polícia. Até o fim da manhã, não havia informações oficiais sobre prisões ou apreensões.
Vidas em risco e rotina afetada
Quem vive nas regiões afetadas convive com o medo diário. “Não sabemos quando começa ou termina uma operação. A gente simplesmente vive no meio do fogo cruzado”, relatou uma moradora da Maré, que preferiu o anonimato por medo de represálias.
Entenda
Cinco pontos para entender os confrontos na Pavuna e na Maré:
- Criminosos sequestraram sete ônibus e usaram como barricadas.
- Polícia Militar realizou operação contra tráfico e roubo de veículos.
- Linhas de ônibus e escolas foram afetadas nas duas regiões.
- Comunidades da Maré foram alvos de operação simultânea.
- Moradores relatam medo, tiroteios e paralisação de serviços públicos.