Rio de Janeiro – Um adolescente de 17 anos foi detido após atear fogo em um homem em situação de rua no bairro da Pechincha, zona oeste do Rio de Janeiro. O crime ocorreu na noite de 18 de fevereiro e foi transmitido ao vivo pelas redes sociais, sendo assistido por 220 pessoas. O caso gerou revolta e mobilizou as autoridades para localizar o responsável.
A Polícia Civil informou que o menor faz parte de um grupo que promove crimes de ódio na internet. As investigações contaram com o apoio do CiberLab/Diopi, unidade de inteligência da Diretoria de Operações do Ministério da Justiça. A vítima sofreu queimaduras de terceiro grau e foi socorrida no Hospital Municipal Lourenço Jorge.
Polícia localiza o suspeito e realiza apreensão
Na manhã seguinte ao crime, 19 de fevereiro, a avó do adolescente entrou em contato com a polícia e informou que ele planejava fugir. Com essa informação, os agentes do 41° DP (Tanque) iniciaram as buscas e localizaram o menor, que foi apreendido em flagrante.
Durante a abordagem, os policiais encontraram um celular contendo material pornográfico infantil e conteúdos de apologia ao nazismo. Além disso, o adolescente possuía luvas, máscaras e óculos, os mesmos itens utilizados no dia do crime.
Vítima permanece internada e estado de saúde preocupa
O homem que sofreu o ataque foi socorrido por moradores da região antes da chegada do resgate. Ele permanece internado em estado grave, recebendo tratamento para as queimaduras. Não há previsão de alta, e os médicos avaliam a necessidade de cirurgias para recuperação.
Crimes de ódio na internet preocupam autoridades
As investigações apontam que o adolescente participava de fóruns onde usuários incitam atos de violência. Esses grupos disseminam discursos extremistas e promovem ataques contra minorias. O caso reacendeu debates sobre a fiscalização de crimes de ódio online e a necessidade de maior controle sobre conteúdos criminosos em plataformas digitais.
