Integrantes do governo de Luiz Inácio Lula da Silva rebatem as alegações do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), sobre suposta falta de colaboração federal nas operações de segurança pública no estado.
Nesta terça-feira (28), após a megaoperação contra o Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha, Castro declarou que o Rio está “sozinho” e que teve pedidos de empréstimo de blindados negados pelas Forças Armadas. A cúpula do Ministério da Justiça, porém, afirma que não houve solicitação oficial para apoio na operação desta terça e que, em outras ocasiões, Castro solicitou e recebeu apoio do governo federal, como transferências de presos para penitenciárias federais e apoio aéreo.
Acusações de politicagem e esclarecimentos sobre pedidos de ajuda
Fontes do governo federal denunciam que as declarações do governador possuem caráter eleitoral, tentando transferir a responsabilidade pela crise da segurança para o presidente Lula. Reiteram que Castro já tentou eximir-se da responsabilidade em outras ocasiões, atribuindo a violentos episódios e limites da ação policial a decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e ausência de apoio federal.
Sobre o pedido de blindados, integrantes do Ministério da Defesa informam que ele foi feito de forma equivocada diretamente aos militares, quando o procedimento correto é que o governo estadual encaminhe ao governo federal, que analisa e autoriza (ou não) o uso da Garantia da Lei e da Ordem, GLO. A GLO permite o emprego das Forças Armadas em operações de segurança pública em casos excepcionais, sob comando do presidente da República.
Governo federal destaca cooperação e critica ações de aliados de Castro
O governo federal relembra a colaboração já prestada ao Rio, incluindo o envio da Força Nacional e operações da Polícia Rodoviária Federal contra facções. Além disso, críticas à gestão e posicionamentos eleitorais cresceram nas redes sociais, especialmente após aliados do governador, como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), compartilharem imagens de confronto e reproduzirem discursos críticos ao presidente Lula.
Polêmica nas declarações de Lula sobre tráfico de drogas
No contexto da crise, repercutiu também a fala do presidente Lula, em que ele afirmou que traficantes “são vítimas de usuários”. A declaração gerou forte reação negativa e exigiu retratação pública, afirmando posicionamento firme contra tráfico e crime organizado, reforçando ações governamentais, como a maior operação contra o crime organizado no Brasil e o encaminhamento da PEC da Segurança Pública ao Congresso.
Em viagem à Indonésia, Lula reiterou a necessidade de combater usuários para impactar o crime: “Você tem uma troca de gente que vende porque tem gente que compra, de gente que compra porque tem gente que vende. É preciso mais cuidado no combate à droga.”

 
			 
		 
		 
		 
		 
		
 
		 
		 
		 
		 
                                
                              
		 
		 
		 
		 
		 
		 
		 
		