A Defensoria Pública do Rio de Janeiro foi impedida de acompanhar as perícias nos corpos recolhidos após a operação policial nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou em 121 mortos, segundo dados oficiais. O pedido da Defensoria para ingresso no Instituto Médico Legal (IML) foi negado, apesar do órgão atuar oficialmente na ADPF das Favelas, conforme determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
A negativa foi justificada pela Polícia Civil, que restringiu o acesso ao IML apenas a agentes da corporação e aos membros do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). A defensora pública Rafaela Garcez afirmou que o Ministério Público teve permissão de entrada, mas a Defensoria foi barrada. Para acessar o IML, a Defensoria recebeu a exigência de constar em lista pré-aprovada, o que inviabilizou sua atuação.
Com a negativa, a Defensoria anunciou que recorrerá à Justiça para garantir o direito de acompanhar o procedimento pericial, reforçando seu compromisso na defesa dos direitos das vítimas e seus familiares. O subcoordenador criminal, Emerson Betta, destacou que o órgão integra o comitê de monitoramento da ADPF 635 e solicitou acesso em paridade com o Ministério Público.
O IML informou que até a manhã desta quinta-feira (30) já haviam sido realizadas 80 necropsias, e seis corpos liberados para sepultamento. Um posto do Detran foi adaptado ao lado do IML como ponto de triagem para atendimento de familiares, área que vem enfrentando filas e longas esperas para reconhecimento visual dos corpos.
Enquanto isso, a Secretaria de Segurança Pública e a Polícia Civil mantêm sigilo sobre o pedido formal da Defensoria e não divulgaram se atualizarão as regras de acesso para ampliar a transparência no processo.

 
			 
		 
		 
		
 
		 
                                
		 
		 
		 
		 
		 
		 
		 
		