Rio de Janeiro – O governador Cláudio Castro (PL) enviou à Alerj um projeto que garante segurança institucional por até oito anos a ex-governadores eleitos, depois que deixam o cargo. A proposta, no entanto, não vale para todos que já ocuparam o Palácio Guanabara.
A medida beneficiaria o próprio Castro a partir de 2027. Nomes como Wilson Witzel, Anthony Garotinho e Sérgio Cabral ficam de fora.
Segurança só pra alguns
O projeto de lei 5338/2025 já está nas mãos do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União). Se for aprovado, garante até quatro anos de escolta, renováveis por mais quatro, a quem for eleito governador. Ou seja, quem assumir de forma temporária ou por substituição não entra na lista.
O texto ainda passará pelas comissões de Justiça, Servidores Públicos e Orçamento, onde será avaliado antes de ir à votação no plenário.
Motivo: crime organizado
Castro alegou que o aumento do crime organizado no Rio exige esse tipo de proteção. Segundo ele, ex-governadores ficam mais expostos a ameaças, vinganças e represálias, já que são os responsáveis pelas decisões mais duras na área de segurança pública.
Como exemplo, o governador citou que, só em 2024, o estado apreendeu 732 fuzis, um número recorde. Também relembrou a prisão do traficante Celsinho da Vila Vintém, realizada no último dia 8.
Quem fica de fora
- Wilson Witzel, afastado por impeachment, não teria direito.
- Substitutos eventuais de Castro também não seriam contemplados.
- Ex-governadores que não foram eleitos diretamente, como em mandatos-tampão, estão fora da proposta.