O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) sugeriu em publicação nas redes sociais que a morte do jornalista Ricardo Boechat, em 2019, tem ligação com sua briga pública com o pastor Silas Malafaia. A declaração gerou forte repercussão por associar a tragédia a um episódio polêmico ocorrido quatro anos antes.
O comentário surgiu como resposta a uma postagem que recordava o confronto entre Boechat e Malafaia, ocorrido em 2015. No texto, Sóstenes afirmou: “E por isso respondeu processo, perdeu e teve que se retratar!!! E logo depois teve um acidente aéreo”.
Boechat morreu em queda de helicóptero
Ricardo Boechat morreu aos 66 anos após a queda do helicóptero que o levava de Campinas para São Paulo, em 2019. A aeronave caiu na Rodovia Anhanguera, colidiu com um caminhão e causou a morte do jornalista e do piloto.
Naquele dia, Boechat retornava de uma palestra e seguia para a sede da Band, onde apresentava um telejornal diário. A tragédia causou grande comoção nacional.
Conflito entre jornalista e pastor ocorreu em 2015
Em 2015, durante seu programa na BandNews FM, Boechat criticou duramente os discursos de intolerância religiosa promovidos por líderes evangélicos. Em resposta direta ao pastor Malafaia, o jornalista declarou:
“Malafaia, vai procurar uma rola, vai. Não me encha o saco. Você é um idiota, um paspalhão, um pilantra, tomador de grana de fiel, explorador da fé alheia e agora vai querer me processar.”
A fala gerou ampla repercussão. Malafaia respondeu com um vídeo nas redes, desafiando Boechat para um debate:
“Em qualquer programa, senta na mesa comigo porque eu vou te engolir. Porque tu não tem argumento. Você é bom sozinho, eu quero ver o confronto.”
Publicação de Sóstenes levanta polêmica
O comentário de Sóstenes Cavalcante no X (antigo Twitter) causou indignação. O deputado citou a derrota judicial de Boechat no processo movido por Malafaia e insinuou que a morte em seguida teria relação com o ocorrido.
Contudo, não há qualquer indício ou evidência que conecte os dois fatos. O acidente aéreo que matou o jornalista foi investigado por órgãos oficiais, e não envolveu causas externas ou ações intencionais.
Portanto, a fala do parlamentar reforçou o embate entre figuras públicas ligadas à política e ao meio religioso, reacendendo um tema sensível e ainda lembrado por muitos.