O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), declarou que, se eleito presidente da República em 2026, concederá indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como seu primeiro ato de governo. A afirmação foi feita em entrevista ao Diário do Grande ABC.
“Na hora. Primeiro ato. Porque eu acho que tudo isso que está acontecendo é absolutamente desarrazoado”, disse Tarcísio ao comentar sobre a concessão do perdão ao ex-presidente.
O julgamento de Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar, e de outros sete réus acusados de crimes contra a democracia está marcado para começar na próxima terça-feira (2) no STF (Supremo Tribunal Federal).
Histórico de declarações pró-indulto
Esta não é a primeira vez que Tarcísio de Freitas defende indulto a Bolsonaro. Em encontros com empresários e banqueiros, ele já havia reiterado que concederia o perdão ao ex-presidente caso fosse eleito. Apesar disso, o governador insiste que não se considera candidato à Presidência neste momento.
“Eu não sou candidato à Presidência, vou deixar isso bem claro. Todo governador de São Paulo é presidenciável, pelo tamanho do estado, um estado muito importante”, afirmou.
Após o decreto de prisão domiciliar de Bolsonaro, Tarcísio intensificou agendas com setores agropecuário e financeiro, reforçando sua interlocução com empresários e líderes do mercado.
Conflito interno na família Bolsonaro
O nome de Tarcísio como possível presidenciável gerou atrito dentro da família Bolsonaro. Em mensagem citada em relatório da Polícia Federal, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) critica a atuação do governador, afirmando que ele “nunca ajudou Jair em relação a seu julgamento” e estaria apenas se posicionando para 2026.
“Tarcísio nunca te ajudou em nada no STF. Sempre esteve de braço cruzado vendo você se foder e se aquecendo para 2026”, escreveu Eduardo Bolsonaro em 17 de julho. Na ocasião, Tarcísio buscava se apresentar como interlocutor do governo americano, reunindo-se com Gabriel Escobar, encarregado de negócios da embaixada dos EUA no Brasil.
O deputado federal demonstrou contrariedade com as movimentações e criticou a tentativa de Tarcísio de se posicionar como “salvador da pátria”.

			
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
                               
                             
		
		
		
		
		
		
		
		